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Do luto à luta: conheça histórias de maranhenses que convivem com o vírus HIV

Jornalista que virou palestrante e mulher infectada por ex-marido falam sobre como superaram o luto da descoberta do vírus HIV em suas vidas.

Os primeiros sintomas da infecção pelo HIV podem surgir cerca de 2 semanas após o contato com o vírus e podem ser semelhantes aos da gripe. No entanto, em algumas pessoas a infecção pelo HIV não causa nenhum sinal ou sintoma, podendo essa fase assintomática durar até 10 anos.

Diante da nova realidade e com sede de viver, Francisco encarou o resultado positivo do teste de HIV como um desafio. Pediu demissão do emprego e decidiu percorrer o interior do Maranhão dando palestras sobre prevenção e conscientização a respeito de doenças sexualmente transmissíveis.

Só em 2020, no Maranhão, 564 pessoas foram diagnosticadas com o vírus HIV, enquanto 315 casos de Aids foram notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Em 2019, o Maranhão apresentou menos de 50% dos casos registrados de Aids no Brasil. No entanto, houve um aumento do coeficiente de mortalidade entre os anos de 2009 e 2019 de 9,6%.

Mulher, jovem e soropositiva

 

O impacto de se descobrir soropositiva veio aos 22 anos para a maranhense Josenaide Silva, que foi infectada pelo marido com quem ficou por três anos. Para ela, ao descobrir que estava infectada, a vida não fazia mais sentido.

“Meu companheiro foi internado com tuberculose e os médicos pediram o teste de HIV, o resultado deu positivo e em seguida perguntaram se eu queria fazer o exame também, o resultado foi o mesmo’’, relata Josenaide.

 

Desde a descoberta do vírus, com acompanhamento psicológico e tomando os medicamentos antirretrovirais, a jovem vive uma vida normal. Atualmente ela está com carga viral indetectável e tem menos chances de transmitir o HIV sexualmente.

“Hoje, um ano após descobrir que estou infectada, levo uma vida normal com o meu filho e minha família, estou a espera de um novo bebê, que tem menos riscos de ser contaminado com o vírus, pois faço o tratamento certo”, diz.

 

Formas de transmissão do HIV

Para prevenir o HIV é essencial conhecer as formas de transmissão do vírus. Só assim será possível proteger o organismo, evitando o contágio. Acompanhe as formas de transmissão:

  • Relações sexuais desprotegidas;
  • Uso de seringas ou agulhas contaminadas;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação).

 

Prevenção

Estar atento aos sinais do organismo e algumas formas de prevenção podem afastar o vírus. Além do uso de preservativos masculino ou feminino durante a relação sexual, também é importante estar atento ao uso de agulhas.

Nos casos em que a mãe convive com o HIV, é fundamental que a gravidez seja acompanhada por médicos, além do uso de medicamentos.

Tratamento

A Aids é uma doença que ainda não possui cura. O paciente que for identificado com a doença inicia seu tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que ajudam inibir a multiplicação do vírus HIV e evitam o enfraquecimento do sistema imunológico.

Segundo o Ministério da Saúde, existem atualmente, 21 medicamentos que são usados para o tratamento da doença e que são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Como identificar a doença

No Maranhão, a doença pode ser rapidamente identificada em até 30 minutos, após a realização de um teste de sangue, que podem ser feito em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Além disso, ele também verifica se a pessoa também é portadora de sífilis ou das hepatites B ou C.

Matéria realizada sob supervisão de Lucas Vieira, G1 MA*

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Fonte: G1

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