IBGE revela os nomes mais populares do Brasil e do Maranhão
Tradição familiar e influência religiosa ainda definem as escolhas dos brasileiros
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados mais recentes sobre os nomes mais comuns no Brasil e por estado, com base no último Censo Demográfico. O levantamento mostra que a tradição familiar, as influências religiosas e até tendências culturais continuam moldando a forma como os brasileiros nomeiam seus filhos.
De acordo com o levantamento, Maria segue como o nome feminino mais popular do país, com mais de 11 milhões de registros, enquanto José permanece no topo entre os homens, ultrapassando 5 milhões de pessoas com esse nome. Em seguida, aparecem combinações como Ana, Francisca, João, Antônio, Francisco e Carlos, que reforçam a forte presença de nomes tradicionais e bíblicos na cultura brasileira.
No Maranhão, os dados seguem o mesmo padrão nacional. Maria, Ana e Francisca estão entre os nomes femininos mais registrados, enquanto José, João e Antônio lideram entre os masculinos. O IBGE destaca que esses nomes têm forte relação com a religiosidade popular maranhense, marcada pela devoção católica e pela influência das festas de santos padroeiros. “O nome é, muitas vezes, uma forma de bênção. As famílias escolhem em homenagem a santos ou a parentes mais velhos”, explica o relatório.
Entre os sobrenomes mais comuns, o estudo aponta que Silva, Santos, Oliveira, Sousa e Lima continuam dominando o registro civil brasileiro, um reflexo da herança portuguesa e da miscigenação que formou o país. No Maranhão, também aparecem com destaque os sobrenomes Costa, Rocha, Mendes e Brandão, além dos tradicionais Silva e Sousa, encontrados em praticamente todas as regiões do estado.
Especialistas em sociologia e cultura ressaltam que, embora nomes modernos e internacionais como Enzo, Miguel, Alice e Valentina tenham ganhado espaço nas últimas décadas, a identidade religiosa e familiar ainda exerce grande influência. “Mesmo com a globalização e as redes sociais, o brasileiro continua valorizando nomes que carregam história e significado espiritual”, avalia a antropóloga maranhense Luciana Moura.
Para o IBGE, o estudo ajuda a compreender não apenas as mudanças demográficas, mas também os aspectos culturais e afetivos que marcam a sociedade brasileira. Afinal, como diz o relatório, “os nomes contam a história de um povo — suas crenças, suas origens e suas esperanças”.





