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Bairros de São Luís enfrentam racionamento e até 45 dias sem água nas torneiras

Moradores do Coroadinho, Parque Pindorama e Vila Menino Jesus de Praga, São Francisco, Vinhais e Itaqui-Bacanga relatam desabastecimento prolongado; Caema diz adotar medidas emergenciais com carros-pipa

Diversos bairros de São Luís seguem enfrentando sérios problemas no abastecimento de água. Em regiões como Coroadinho, Parque Pindorama Vila Menino Jesus de Praga, São Francisco, Vinhais, Vila Embratel e toda a área Itaqui-Bacanga, o fornecimento irregular se arrasta há semanas, com relatos de moradores que estão há mais de 40 dias sem água nas torneiras. Em muitos locais, o racionamento virou rotina, e o envio de carros-pipa, principal medida emergencial da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), tem ocorrido de forma irregular.

“Já são 45 dias sem uma gota de água. O carro-pipa vinha uma vez por semana, mas há duas semanas nem isso acontece. A gente depende de baldes e vizinhos que ainda conseguem armazenar alguma coisa”, relata a dona de casa Maria do Socorro, moradora do Coroadinho. Situação semelhante é registrada em comunidades da área Itaqui-Bacanga, onde famílias afirmam que o abastecimento foi interrompido sem aviso prévio.

De acordo com os moradores, a falta de comunicação e de um cronograma de abastecimento por parte da Caema tem agravado a insatisfação. Em algumas ruas, os consumidores chegaram a perfurar poços particulares para garantir o mínimo necessário para o consumo doméstico. O problema afeta também escolas, pequenos comércios e unidades básicas de saúde, que precisaram adaptar o funcionamento por conta da escassez.

Ilustrativo

Em nota, a Caema reconheceu a instabilidade no fornecimento e informou que equipes técnicas estão atuando para identificar e corrigir falhas na rede de distribuição, especialmente nas áreas mais afetadas. A companhia afirmou ainda que tem intensificado o envio de carros-pipa para amenizar o impacto da falta d’água e que a situação estaria relacionada a problemas operacionais e oscilações de energia em estações de bombeamento.

Apesar das medidas emergenciais, a população cobra soluções definitivas. “Todo ano é a mesma coisa, principalmente no fim do ano. A gente paga a conta e continua sem água. O que falta é respeito com a população”, desabafa Francisco Silva, morador da região do Pindorama.

A previsão é que o abastecimento seja normalizado de forma gradativa, segundo a Caema. No entanto, os moradores temem que, com a chegada das festas de fim de ano e o aumento do consumo, o problema se agrave ainda mais.

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