Polícia conclui inquérito sobre morte de influencer no MA e aponta ciúmes como motivação; três são indiciados

A Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito que investigava o assassinato da influenciadora digital Adriana Oliveira, morta a tiros no município de Santa Luzia. Três pessoas foram formalmente indiciadas pelo crime, que chocou a população local e ganhou destaque nacional. As investigações revelaram que o feminicídio foi motivado por ciúmes e conflitos familiares, e apontaram que a ação foi premeditada e executada de forma cruel, sem chance de defesa para a vítima.
Entre os indiciados estão Valdiley Paixão Campos, conhecido como Badu, marido de Adriana; Antônio Silva Campos, pai de Badu e sogro da vítima; e João Batista do Nascimento, apelidado de “Bruno Macumbeiro”, apontado como o autor dos disparos. De acordo com o relatório policial, os três agiram de forma articulada para cometer o crime, classificado como homicídio qualificado e feminicídio, com agravantes como motivo torpe e utilização de meios que dificultaram a reação da vítima.

Adriana Oliveira, que possuía grande engajamento nas redes sociais, era uma figura conhecida e querida em Santa Luzia e em outras regiões do Maranhão. Sua morte, ocorrida de forma violenta e repentina, gerou comoção entre familiares, amigos e seguidores, além de mobilizar movimentos de combate à violência contra a mulher.
A Polícia Civil informou que todas as etapas investigativas foram concluídas com base em provas técnicas, depoimentos de testemunhas e perícias no local do crime. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que rapidamente ofereceu denúncia à Justiça. O Judiciário maranhense acatou a acusação, e o processo criminal segue agora em fase de instrução.
O caso foi tratado com prioridade pelas autoridades locais devido à sua gravidade e ao impacto social que causou. A Delegacia de Homicídios de Santa Luzia destacou a importância do engajamento da população em denunciar situações de violência doméstica e familiar, que muitas vezes antecedem crimes dessa natureza.
Com a conclusão do inquérito e o indiciamento dos três envolvidos, a expectativa é que o julgamento ocorra ainda neste ano. O crime reacendeu o debate sobre feminicídio no estado e reforçou a urgência de políticas públicas eficazes para a proteção de mulheres em situação de risco.