Advogado da família diz que pr. Anderson foi envenenado
Ele representa a mãe e a irmã do pastor

O advogado que representa a família do pastor Anderson do Carmo, Angelo Máximo, confirmou a suspeita de que ele sofreu tentativas de envenenamento. Sem citar nomes, Máximo também disse que membros da família foram os responsáveis por tentar intoxicá-lo. Segundo ele, a suspeita surgiu após o depoimento de um dos filhos do casal.

Angelo Máximo defende a mãe de Anderson, Maria Edna Virgínio, e sua irmã, Michele.
No momento, o caso aguarda o Supremo Tribunal Federal decidir de quem será a competência da investigação sobre a deputada federal Flordelis, viúva do pastor. Após esta decisão, a Delegacia de Homicídios de Niterói poderá fazer a reconstituição do crime.
O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.
Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.
Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.
Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.