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Tailândia nega restrição a refugiados de Mianmar na fronteira

Centenas de pessoas tentaram fugir para o país vizinho após um ataque aéreo. Mais de 500 birmaneses foram mortos pelas Forças Armadas que deram um golpe militar em fevereiro.

A Tailândia não tem uma política de rejeitar os refugiados que fogem do conflito em Mianmar e aceita refugiados em bases humanitárias, afirmou nesta terça-feira (30) o governo tailandês.

A declaração ocorre após a denúncia de ativistas de direitos humanos de que birmaneses que fugiam de um ataque aéreo do exército foram impedidos de entrar no país vizinho.

Mais de dez pessoas foram autorizadas a entrar na Tailândia nesta terça para receber tratamento médico em um vilarejo na fronteira, relataram testemunhas à agência de notícias Reuters.

Ferido pela violência em Mianmar é carregado para receber atendimento médico na fronteira, em um vilarejo na Tailândia, nesta terça (30) — Foto: Soe Zeya Tun/Reuters

Ferido pela violência em Mianmar é carregado para receber atendimento médico na fronteira, em um vilarejo na Tailândia, nesta terça (30) — Foto: Soe Zeya Tun/Reuters

Mianmar vive uma onda de violência desde o golpe militar de 1º de fevereiro, que derrubou o governo eleito e passou a matar cidadãos que protestam pela volta da democracia.

Mais de 500 pessoas, incluindo estudantes e adolescentes, foram mortos pelas forças de segurança desde o golpe de Estado, segundo a ONG Associação para Assistência a Presos Políticos (AAPP).

A ONG diz ter confirmado 510 mortes até o momento, mas ressalta que o número de vítimas é “provavelmente muito maior”, pois centenas de pessoas detidas desde o golpe estão desaparecidas.

Grupo carrega na segunda-feira (29) caixão de vítima da repressão aos protestos contra o golpe militar em Mianmar — Foto: AFP

Grupo carrega na segunda-feira (29) caixão de vítima da repressão aos protestos contra o golpe militar em Mianmar — Foto: AFP

O dia mais sangrento foi no sábado (27), quando mais de 110 pessoas foram mortas a tiros no “Dia das Forças Armadas” enquanto os militares golpistas festejavam.

Apesar da repressão sangrenta, os manifestantes voltaram às ruas na segunda-feira (29) e mais 14 civis foram mortos, segundo a AAPP, principalmente no leste de Yangon (a capital econômica do país).

Fonte: G1

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