
Antes de tudo, cabe ressaltar que a Covid-19 não é encarada como uma infecção sexualmente transmissível (IST). “Até o presente momento, vemos que a transmissão ocorre primordialmente via contato com gotículas respiratórias”, afirma o urologista Giuliano Aita, do Departamento de Sexualidade da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
No entanto, um estudo realizado na China com 38 pacientes identificou o vírus no sêmen, tanto na fase aguda da doença como no período de recuperação. “Só que a gente não sabe se isso é uma forma potencial de infecção”, pondera Aita. Ou seja, mesmo que ele esteja presente nesse líquido, é possível que não consiga usar essa via para infectar outras pessoas de maneira efetiva.
Outros experimentos encontraram o Sars-CoV-2 nas fezes de certas pessoas — o que teria implicações para o sexo anal, por exemplo. Por outro lado, ele ainda não foi encontrado no fluido vaginal.
“O risco está muito mais nos beijos na boca e na grande proximidade entre as pessoas durante a relação”, pontua o urologista Henrique Rodrigues, membro da SBU no Rio de Janeiro.