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Saúde

Vicente Amato Neto, médico especialista em doenças tropicais, morre em SP aos 91 anos

Professor emérito da Faculdade de Medicina da USP e foi superintendente do Hospital das Clínicas.

O médico e pesquisador Vicente Amato Neto, pioneiro nos estudos de infectologia em doenças tropicais no Brasil, morreu nesta quarta-feira (12) em São Paulo aos 91 anos. Ele era professor emérito da Faculdade de Medicina da USP e foi superintendente do Hospital das Clínicas e dirigiu o Instituto de Medicina Tropical. A causa da morte não foi revelada.

O corpo está sendo velado na sede da Faculdade de Medicina da USP.

Veja nota da Faculdade de Medicina da USP:

“O Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo vem comunicar o falecimento do Professor Vicente Amato Neto, Professor Emérito da FMUSP, ocorrido na data de ontem, dia 11 de dezembro de 2018, nesta Capital.

O Professor Vicente Amato Neto graduou-se pela Faculdade de Medicina da USP em 1951 e foi o primeiro médico residente da especialidade no Brasil, tendo cumprido seu treinamento na Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Dedicou sua longa e ativa vida profissional às Doenças Infecciosas e Parasitárias e à Medicina Tropical, envolvendo-se em atividades de pesquisa, de ensino em todos os níveis da formação médico-científica e de extensão universitária.

Como chefe da Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas de São Paulo de 1976 a 1997, esteve à frente da formação de diversos médicos especialistas, hoje líderes em serviços médicos e acadêmicos em várias regiões do país.

Sua profícua produção intelectual na área tem como destaques a caracterização da forma aguda e da transmissão transfusional da doença de Chagas, a caracterização clínica da toxoplasmose adquirida, aspectos diagnósticos e terapêuticos das enteroparasitoses e as imunizações. Foi autor de 348 artigos científicos, 22 cartas e 6 livros didáticos.

Esteve à frente do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo como Diretor entre 1985 e 1988. Foi responsável pela instalação e ampliação de serviços de atenção à saúde na área de especialidade das doenças infecciosas e parasitárias em várias instituições públicas paulistas, tais como o Hospital do Servidor Público Estadual de SP, o Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Ocupou-se, ainda, da gestão de políticas públicas em nossa área de atuação, como Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (1987-92) e como Secretário de Estado da Saúde de São Paulo (1992-93). Foi sócio fundador e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e da Sociedade Brasileira de Imunizações. Professor Amato deixa esposa, Sra. Miriam Sabbaga Amato, os filhos Vicente e Valdir, este último Professor Associado do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, nora Patrícia e o neto Vicentinho.”

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