
A adoção da bandeira tarifária vermelha nas contas de energia elétrica, em vigor neste mês de julho, deve pesar no orçamento das famílias maranhenses. A medida foi determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e se deve à redução no volume de chuvas, o que compromete a geração de energia nas hidrelétricas — principal fonte da matriz energética brasileira.
Com a aplicação da bandeira vermelha, o custo adicional é de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, o que tende a elevar o valor final das faturas, principalmente em residências com maior consumo.
De acordo com o economista Geraldo Carvalho Júnior, é essencial que os consumidores adotem medidas para reduzir o gasto de energia durante esse período. Entre as recomendações estão: evitar o uso excessivo de aparelhos que consomem muita energia, como ar-condicionado e chuveiro elétrico, além de manter os eletrodomésticos em bom estado de conservação e priorizar o uso de luz natural sempre que possível.
Além do impacto direto no bolso da população, o aumento da tarifa reacende o debate sobre os hábitos de consumo e os desafios enfrentados pelo setor elétrico diante das mudanças climáticas e da instabilidade hídrica.
A expectativa é de que o sistema de bandeiras tarifárias continue sendo utilizado como instrumento para equilibrar a geração e o custo da energia, enquanto se discutem alternativas sustentáveis e de longo prazo para o abastecimento no país.