
O 2º Tribunal do Júri de São Luís condenou Eugênio Sousa Lindoso a 12 anos, cinco meses e 19 dias de prisão pelo assassinato de Gleysson Lindoso Martins, morto a facadas na madrugada de 25 de novembro de 2022.
O crime ocorreu na Avenida dos Africanos, próximo ao bairro Sítio Leal, na região do Coroadinho. O julgamento no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau.
O juiz Clésio Coelho Cunha, titular da 2ª Vara do Júri, presidiu a sessão e determinou que o réu cumpra a pena inicialmente em regime fechado, na Penitenciária de Pedrinhas. Também foi negado o direito de recorrer da decisão em liberdade.
Durante o julgamento, foram ouvidas seis testemunhas, incluindo familiares da vítima e pessoas que estavam no local no momento do crime. A acusação foi conduzida pelo promotor de justiça Washington Luiz Cantanhede, com assistência do advogado Jonilton Lemos. Na defesa, atuou o defensor público Bernardo Laurindo Santos Filho.
Em seu interrogatório, Eugênio Sousa Lindoso confessou o crime e afirmou que estava alcoolizado. Disse ainda que não conhecia a vítima antes do ocorrido.
O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e autoria do crime e decidiu que o réu cometeu homicídio qualificado por motivo fútil e pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Dinâmica do crime
Segundo depoimentos, na noite do crime, réu e vítima estavam em um bar da região, consumindo bebida alcoólica em mesas separadas.
Eugênio tentou se sentar na mesa de Gleysson, mas teve o pedido negado. Ele foi para casa e retornou minutos depois, abordando novamente a vítima, que já se preparava para ir embora.
Testemunhas afirmaram que Eugênio desferiu dois golpes de faca em Gleysson, que tentou fugir em direção a um posto de gasolina, mas foi perseguido e atacado novamente na Avenida dos Africanos, onde morreu no local.
Na sentença, o juiz Clésio Coelho Cunha destacou que Gleysson Lindoso Martins deixou duas filhas menores de idade, que sofreram prejuízos psicológicos e financeiros com sua ausência. Além disso, ressaltou que o comportamento da vítima não contribuiu para o crime.
Com a condenação, Eugênio Sousa Lindoso já foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde cumprirá a pena.