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Áudios revelam que tenente pretendia matar mais um capitão da PMMA

Segundo o áudio de um militar, o Tenente Cássio foi para encontrar Capitão Vilar, mas não o encontrou então seguiu em direção ao Capitão Breno.

O assassinato do capitão Breno, comandante do Corpo de Alunos da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), ocorrido na manhã desta quinta-feira, 29 de maio, em São Luís, revelou um histórico de tensão e ameaças dentro da corporação. O autor dos disparos, o tenente Cássio de Almeida Soares, está preso no Comando Geral da PMMA.

Informações obtidas pela reportagem apontam que desavenças anteriores entre os dois militares já haviam chamado atenção. Em áudios compartilhados entre colegas de farda, o tenente chegou a mencionar o nome de Breno como possível alvo. “Ele estava dizendo que ia acabar matando um capitão. Quando tentei alertá-lo, respondeu que estava sendo perseguido e não aguentava mais”, relatou um policial militar, em gravação obtida rem grupo de Whatsapp.

Ouça a dinâmica da ocorrência:

Segundo relatos internos, Cássio havia sido transferido recentemente para o 1º Batalhão da PM, justamente por conta de conflitos com os capitães Breno e Vilar. Nesta quinta-feira, ele retornou à academia da PMMA, onde já havia servido, e teria inicialmente procurado o capitão Vilar. Ao saber que ele não estava presente, dirigiu-se até o local onde se encontrava o capitão Breno.

Documento mostra que em janeiro foi registrado uma queixa contra o tenente por comportamento inadequado

Sem levantar suspeitas, já que sua presença no local era considerada comum, o tenente sacou a arma e disparou à queima-roupa, atingindo Breno no tórax. O capitão ainda foi socorrido e levado ao Hospital do Servidor, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada horas depois.

Veja o momento em que a vítima chega no Hospital do Servidor:

O autor dos disparos foi detido imediatamente após o crime e está à disposição da Justiça Militar. De acordo com apurações preliminares, o tenente respondia a um Inquérito Policial Militar (IPM) desde março, por condutas consideradas desrespeitosas e pelo histórico de atritos com o capitão Breno.

Até o momento, nem a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, nem o Comando da PMMA se pronunciaram oficialmente sobre o caso. O episódio provocou forte comoção na tropa e reacende discussões sobre gestão de conflitos, suporte psicológico aos militares e mecanismos internos de prevenção de tragédias como essa.

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