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Polícia

Servidor do MPF e mais três são presos por desvio de dinheiro de condomínio

Um servidor do Ministério Público Federal (MPF), de nome Wennys Carlos de Sousa
Oliveira, de 38 anos, e mais três pessoas, incluindo seu irmão de criação, Isaac Pereira
do Nascimento, foram presos pela Superintendência Estadual de Investigações
Criminais (Seic) na sexta-feira (15). O grupo desviou cerca de R$ 700 mil, em três
anos, do condomínio Parque das Árvores, no Grand Park, em São Luís.

O delegado Odilardo Muniz, titular do Departamento de Combate a Crimes
Tecnológicos (DCCT) da Seic, explicou, em entrevista coletiva, que Wennys
desenvolveu um software que gera boletos para o referido condomínio, situado no
Calhau. Mas, juntamente com os demais membros da quadrilha, o servidor do MPF
adulterava o código de barras dos boletos, decorrentes de acordos extrajudiciais e
outras taxas condominiais.

Nesse sentido, o dinheiro pago pelas pessoas que procuravam o condomínio para os
acordos extrajudiciais caía na conta da IP Pereira (Login Soluções Web), empresa
criada por Wennys, com sede no bairro do Apeadouro, em São Luís, que estava em
nome de Isaac Pereira. A grana desviada, então, era dividida para os envolvidos.
Enquanto isso, o Grand Park, em três anos (2015-2017), sofreu um prejuízo estimado
em aproximadamente R$ 700 mil.

Odilardo contou que a investigação começou em novembro de 2017, depois que o
síndico do condomínio desconfiou dos boletos falsos. Foi realizada, então, uma
auditoria interna, ao que detectaram as fraudes. Inicialmente, o caso foi levado à
Delegacia de Defraudações, mas, como não tem estrutura para esse tipo de apuração,

passou a situação para a Delegacia-Geral, que deixou sob a responsabilidade do
DCCT/Seic.

Conforme a investigação, frisou o delegado Carlos Alessandro, titular da Seic, outro
preso na “Operação Trojan Horse” (Cavalo de Troia), como foi denominada a ação, foi
Leide Dayana Dias Silva, recebeu, em três anos, cerca de R$ 150 mil, sendo que ela
trabalhava no condomínio a serviço da IP Pereira. O comparsa dela, Reinaldo Costa
Araújo – que se entregou à tarde na Seic quando ocorria a entrevista coletiva -,
movimentou R$ 78 mil em quatro transações. A fonte disse que o líder da quadrilha, o
servidor público federal, adquiriu vários bens com o dinheiro obtido das fraudes de
boletos.

Em Bacabal/MA, por exemplo, ele comprou um terreno no valor de R$ 100 mil.
Wennys, que tem conhecimentos avançados em Tecnologia da Informação, também
adquiriu carros e imóveis, segundo Alessandro. Conforme o delegado, o servidor do
MPF foi capturado no condomínio onde reside, que fica ao lado do Parque das
Árvores. Carlos pontuou que todos foram procurados por mandados de prisão
preventiva durante a “Trojan Horse”, que teve a participação importante do
Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).

De acordo com Carlos Alessandro, o grupo vai responder por estelionato, falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro.

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