
O general George C. Marshall, era um grande militar, chefe do estado-maior do Exército Americano durante a segunda guerra mundial, era um homem muito inteligente e preparado e foi Secretário de Estado dos EUA, um dos postos mais importantes do governo. Ele foi o criador de um plano de recuperação para a Alemanha completamente destruída com a derrota na guerra que a dividiu, e afirmara na Universidade Harvard, em um debate sob seu plano que: “Nossa política é dirigida não contra um país ou uma doutrina, mas contra a fome, a pobreza, o desespero e o caos. Seu propósito deve ser a recuperação de uma economia ativa no mundo de modo a permitir a emergência de condições políticas e sociais em que instituições livres podem existir.
Ou seja, a fome, a pobreza, o desespero e o caos, não permite que haja condições políticas e sociais em que instituições livres possam emergir, e não podemos aceitar que pessoas passem por essas terríveis privações. É nossa obrigação combater tal estado de coisas, não podemos ignorá-las.
A Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, acabou de publicar um relatório Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil em que no Maranhão, 90,2% das crianças e adolescentes vivenciam a pobreza em suas diversas dimensões. O Relatório foi lançado no dia 10 de Outubro.
Em âmbito nacional, no período de 2019 a 2022, a proporção de crianças, tanto meninas quanto meninos, enfrentando a pobreza em suas diversas facetas, diminui de 62,9% para 60,3%. Já no Maranhão, essa porcentagem caiu de 92,4% em 2019 para 90,2% em 2022.
Apesar da redução a porcentagem permanece consideravelmente elevada, colocando o estado em quarto lugar do ranking do país, superado somente pelo Amapá (91,7%), Piauí (91,6%) e Pará (91,2%).
De acordo com a Unicef, o propósito desse relatório é chamar a atenção para a necessidade urgente de priorizar a implantação de políticas públicas interdisciplinares destinadas a crianças e adolescentes no Brasil, com ênfase especial nas regiões Norte e Nordeste. O Unicef ressalta que ao abordar a questão da pobreza se consideram não apenas os aspectos relacionados a renda, mas uma série de outros fatores.
“A pobreza na infância e adolescência vai além da renda, e precisa ser olhada em suas múltiplas dimensões. Estar fora da escola ou sem aprender, viver em moradias precárias, não ter acesso a renda, água e saneamento, não ter uma alimentação adequada e não ter acesso a informação são privações que fazem com que crianças e adolescentes estejam na pobreza multidimensional, explica o especialista em políticas sociais do Unicef Brasil, Santiago Varella.
O relatório apresenta uma análise de dados de 2016 a 2022 e analisa o acesso de crianças e adolescentes a seis direitos básicos: renda, educação, informação, água, saneamento, moradia.
Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC), o relatório realça a importância de ações imediatas e bem coordenadas com o objetivo de assegurar que cada criança e adolescente desfrute plenamente de seus direitos.
As Casa de Esperanças torna-se um projeto fundamental, ao cuidar das famílias pobres e das crianças de zero a seis anos. E agora com o apoio do governo federal vamos caminhando célere para sua implantação.