A Polícia Federal (PF) deflagrou no início do mês de setembro uma operação que atingiu a prefeitura de Vitorino Freire, interior do Maranhão, que até então era comandada pela prefeita Luanna Resende (afastada do cargo por determinação do STF), que é irmã do deputado federal licenciado que atualmente está como Ministro das Comunicações do Governo Lula. O ministro figura como investigado, porém não foi alvo da ação policial.
Conforme levantamentos da imprensa nacional, a operação que apurada desvio de dinheiro público, por meio de emendas parlamentares, aponta que Juscelino destinou emendas provenientes da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba) no valor de R$ 11,1 milhões diretamente para a prefeitura de Vitorino Freire.
A Polícia Federal está apurando se os fundos destinados ao município foram desviados por empresas contratadas com a finalidade de fraudar parte dos recursos.
De acordo com as investigações, a empresa Construservice, que tem como ‘sócio oculto’ Eduardo Costa Barros, também conhecido como ‘Eduardo DP’, ou ‘Imperador’, teria feito parte do esquema do desvio do dinheiro, por meio de fraude à licitação.
Eduardo DP já havia sido identificado pelo Ministério Público Federal como um “conhecido agiota” de políticos e empresários do Maranhão. Também enfrentou acusações de uso de documentos falsos e possuir múltiplos registros de identificação, conforme documentos obtidos pelo GLOBO.
No passado, a prefeitura de Vitorino Freire contratou a Construservice para asfaltar uma estrada próxima à fazenda do ministro. Juscelino Filho justificou que a pavimentação beneficia povoados na mesma região de sua propriedade e afirmou conhecer o empresário Eduardo DP há mais de 20 anos.
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Com informações de Filipe Motta e O Globo
