
Portos sempre foram, durante toda a humanidade, polos de desenvolvimento de estados, países e regiões. Foram e continuam sendo. Civilizações cresceram ao redor dos portos. Isso continua sendo uma verdade e nós mesmos, já há muito anos, nos beneficiamos com eles. Quando o então governador José Sarney lutou ferozmente para fazer o Porto do Itaqui, ele sabia o que estava fazendo e deixou uma marca indelével sobre sua passagem no governo. O Porto do Itaqui foi e continua sendo a base do desenvolvimento do estado. Mas hoje, com a grande competição existente no comercio exportador que envolve o mundo, já não é só o porto, é toda uma logística que envolve a qualidade dos produtos, o meio de transportes, terrestres e marítimos, portos e navios eficientes capazes de ter como resultado a lucratividade no negócio, transformando distancias geográficas, sejam quais forem, em distancias econômicas, competitivas, ou seja não importa quão distantes sejam as zonas produtoras dos mercados consumidores, o que interessa é se o comercio traz lucro ao exportador. Isso envolve tecnologias e
equipamentos, pessoal preparado e treinado e burocracia eficiente, é um todo e cada um desse todo precisa ser eficiente e capaz de baixar os preços em cada etapa.
Mas, em se tratando de comércio exterior, envolvendo longasdistancias, quem tem portos profundos é o rei do pedaço, porque neles podem ser usados os grandes navios que oferecem fretes muito mais baixos, e jogam os preços lá para baixo, aumentando o lucro do empreendedor, o que é impossível com navios menores.
E nessa moderna concepção nós somos imbatíveis, justamente porque temos os portos mais profundos do país. Caem os custos de fretes e das emissões de gases de efeito estufa.
A Ferrovia Norte Sul, do governo do presidente José Sarney, é parte fundamental em toda essa história pois é o maior eixocestruturante do sistema ferroviário brasileiro, que serve e dá acesso a todo o país. Com ela o Maranhão revelou a sua importância para o desenvolvimento brasileiro, pois a ligação da FNS com os portos profundos da Baia de São Marcos permitirá que o agronegócio brasileiro possa a ter ainda nessa década um
dos mais completos e eficientes, sistemas de transporte do mundo, como mostra o estudo do Banco Mundial, contratado pelo governo brasileiro afirmando que o a ferrovia de Integração do Centro Oeste (FICO) a Ferrovia Norte Sul (FNS) a Ferrovia do Maranhão (EF-317) e o Terminal Portuário de Alcântara (TPA) se completam na Formação desse virtuoso sistema de transportes.
O resultado disso é a consolidação lucrativa do Brasil como o maior produtor e fornecedor de alimentos do mundo.
Esse sistema poderá ser solução para um outro grave problema que prejudica o agronegócio brasileiro. A falta de armazéns para atender a safra crescente ano a ano. Hoje só a metade da produção no Arco Norte é atendida e a outra metade sem ter onde guardar sua colheita, tem que vender pelo preço mais baixo em plena colheita, impedindo que o produtor escolha a data mais conveniente para vender quando os preços subirem na entressafra quando já não há abundância de oferta. Pois bem, já no trecho maranhense da EF-317, pode-se, por exemplo, fazer um HUB de Armazenagem de grãos ou mesmo um Porto Seco, e o proprietário poderá transportá-la para esse HUB e guardar sua safra até decidir vender pelo melhor preço, um status superior.
Isso dinamizaria a região onde esse HUB for feito, com acessos para caminhões e ferrovias.
Com esse sistema e o porto, milhares de oportunidades de negócios vão surgir.
Pois bem meus amigos, tudo isso vai começar a ser construído no segundo semestre do ano que vem, por pedido em conjunto aos empresários, feitos pelo governador Carlos Brandão e o Ministro Renan Filho do Ministério dos Transporte. Todos nós temos pressa em colocar o Maranhão no patamar que merece. Nesse
dia duas solenidades vão acontecer. Uma com o início das obras do Terminal Portuário e outra com o início das obras da Ferrovia EF-317. Será um festão cívico-popular, que representará o início de uma nova era de desenvolvimento e progresso do nosso estado, mas com uma força e um empuxo tal que permitirão ao nosso estado encontrar o seu destino de ser um estado rico e progressista.
Pois bem, mas para isso precisaremos de gente preparada, operadores de todos os tipos de máquinas, mecânicos, bombeiros, ou seja pessoal portuário, assim como engenheiros, técnicos especializados, pessoal de escritório, ou seja pessoal que saiba trabalhar dom dados e com sistemas digitais, técnicos ferroviários, um pessoal estimado em mais de 100 mil pessoas, somente para a construção e operação da ferrovia e do HUB de energia limpa que ali será instalado, junto com a expectativa de pessoal para as indústrias que forçosamente se instalará na Zona de Processamento de Exportação-ZPE, do Maranhão.
Porém o Maranhão tem uma percentagem muito alta de famílias pobres e muito pobres. E a pratica econômica mostra que precisamos combater a pobreza e a desigualdade social para melhorar a produtividade da nossa economia e criarmos capital humano como o descrito acima, sob pena de não alcançarmos todos os benefícios desses novos tempos. Pobreza e desigualdade se retroalimentam e é necessário a intervenção do governo para que os elos danosos dessa corrente de eternização da pobreza sejam quebrados. Todos devem se beneficiar desses novos tempos. Todos mesmo.
E temos o instrumento certo para isso, que são as Casa de Esperanças, para cuidar das famílias, pobres, principalmente das mães e das crianças nos anos decisivos da formação dos cérebros, do zero aos seis anos. Temos que livra-las da influência das drogas que atuam para que as crianças virem entregadores e sejam aprisionados pelos tentáculos desse sistema do mal. Se não fizermos isso as crianças serão impedidas de se tornarem capital humano, se libertando da pobreza.
Essas instituições já tem existência legal com a aprovação pela Assembleia Legislativa da Medida Provisória enviada pelo governador Carlos Brandão. Os detalhes estão sendo resolvidos e o deputado Rubens Junior está nos ajudando em algumas questões importantes com entidades federais.
As Casas de Esperanças são aplaudidas por todos os públicos a que são apresentadas. O pessoal do Gapara onde deverá ser construído o projeto piloto, aplaudiu o projeto e pediu pressa para implantação. É urgente o início desse projeto.
E a GPM, proprietária do projeto do Terminal Portuário de Alcântara e da Ferrovia do Maranhão, vai destinar 6% dos dividendos do empreendimento portuário para um fundo quilombola para ajudar essas comunidades.
O IFMA, o IEMA, o Senai, o Sesi, o Sebrae, as universidades, o futuro Banco do Povo, junto com o estado serão instituições fundamentais no esforço gigantesco que teremos que fazer para mudarmos de vez o Maranhão e podermos acolher os grandes projetos que nos procuram. Capital Humano é fundamental ao desenvolvimento.
Estamos no caminho certo, mas tudo é urgente.