fbpx
FofocaNacional

‘Avaliação inadequada’ do piloto contribuiu para acidente que matou Marília Mendonça, aponta FAB

Relatório diz que houve decisão inadequada do piloto em relação ao 'perfil de aproximação para pouso'.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados contra um ex-prefeito e um ex-secretário municipal de Passagem Franca, uma empresa e seu sócio.

Durante a tarde desta segunda, o advogado da família de Marília havia informado à imprensa que o laudo da Força Aérea Brasileira (FAB) não tinha apontado falha humana como causa do acidente. No entanto, o relatório final, divulgado no início da noite, diz que houve decisão inadequada do piloto em relação ao “perfil de aproximação para pouso”. O laudo revela que “a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada”.

Ainda segundo o documento, o piloto estava física e mentalmente saudável, considerado apto ao exercício de atividade aérea. No entanto, havia indicação de que ele usasse lentes para correção de astigmatismo. As investigações não puderam concluir se o piloto usava ou não as lentes no momento do acidente.

O relatório afirmou que “a visão é um dos requisitos mais relevantes para a operação de aeronaves” e que a percepção de profundidade pode ser distorcida por miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. Com a distorção, fios mais altos podem parecer estar mais afastados, e tal efeito só é percebido em distâncias inferiores a 100 m, o que deixa pouco tempo para o piloto reagir.

A investigação mostrou que os cabos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foram um obstáculo para o avião. Isso porque a linha de transmissão apresentava baixo contraste em relação à vegetação ao fundo, o que dificultava sua percepção.

“Uma vez que não foi possível confirmar se o PIC (piloto) fazia uso de lentes corretoras no momento do acidente, deve-se considerar que, em uma eventual ausência das lentes, haveria certa redução da sua acuidade visual e da percepção de profundidade”, revela o documento.

De acordo com o Cenipa, a apuração não tem como objetivo “apontar culpados” nem causar “implicações judiciais”. “O processo é realizado com o propósito de prevenir acidentes e compreende a reunião e a análise de informações e a obtenção de conclusões, o que inclui a identificação dos fatores que contribuíram com a ocorrência, visando à formulação de recomendações sobre a segurança”, afirma o órgão. (R7.com)

Mostrar mais

Deixe um comentário

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo