Apreensão de drogas aumentou 170% este ano, aponta Senarc
Com o aumento das apreensões, cresceu, também, o montante em recursos financeiros tirado das organizações criminosas.

As operações realizadas pela Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc) resultaram na apreensão de 733 quilos de drogas diversas, no período de janeiro a novembro deste ano, no Maranhão.
O volume representa aumento de 172% das apreensões, comparando ao mesmo período do ano passado, quando as apreensões totalizaram 269,6 quilos de drogas. O resultado é fruto de planejamento executado pela Senarc, órgão da Polícia Civil do Maranhão, setor que integra a Secretaria de Estado de Segurança Púbica (SSP).
“O tráfico de drogas é uma das criminalidades que mais impactam nos índices de violência, pois, junto com esta modalidade criminosa, ocorrem outras como homicídios e assaltos. Sabendo desta especificidade, a Segurança Pública tem se pautado em operações com foco na identificação de grandes grupos de tráfico, dos distribuidores desses entorpecentes e dos pontos de comércio usados pelos traficantes”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), Silvio Leite.
Sílvio Leite destaca o modo de ação policial que tem culminado em desarticulação destes grupos. “Nossa estratégia é mapear rotas deste tráfico e monitorar a atuação dos suspeitos. Temos conseguido surpreender os grupos efetuando prisões e apreendendo grandes quantidades de drogas e, assim, impedindo a distribuição no mercado e consequentemente, enfraquecendo financeiramente essas organizações”, reiterou.
A droga mais apreendida é maconha, que somou 491,3 quilos. Seguem no ranking o crack, com 129,2 quilos; a cocaína, com 69,9 quilos; e a pasta base, com 43 quilos apreendidos no período, este ano. As maiores apreensões foram na capital São Luís e nos municípios de Santa Inês e Açailândia.
“A maconha ainda é o entorpecente mais apreendido nas ações policiais, em seguida vem o crack, cocaína e a pasta base. O maior impasse neste controle é a diversidade de meios que os traficantes usam para cometer este crime, em especial para o transporte dos entorpecentes. Para este combate, a Senarc vem intensificando o planejamento e considero que temos tido êxito pelo volume de apreensão das drogas”, ressalta o titular da Senarc, delegado Ederson Martins.
Com o aumento das apreensões, cresceu, também, o montante em recursos financeiros tirado das organizações criminosas. A droga apreendida, este ano, somou cerca de R$ 9,6 milhões, representando 220% a mais do que o apreendido ano passado, quando totalizou R$ 3 milhões em entorpecentes, segundo avaliação feita pela Senarc.
“Esse enfraquecimento financeiro das organizações influi na diminuição da prática ilícita. O volume de apreensões que temos alcançado resulta nesse prejuízo ao crime e em ganho para a sociedade, uma vez que contribui para garantia da segurança pública”, frisou o delegado Ederson Martins.