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Vacinar para melhorar

Artigo escrito por José Reinaldo Tavares

Minhas amigas e meus amigos! O Centro de Políticas Sociais, da Fundação Getúlio Vargas Social (FGV Social), publicou estudo baseado na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) Contínua do IBGE – um importantíssimo trabalho que chama a atenção para o crescimento da pobreza e da desigualdade social. O título do trabalho é “desigualdade é recorde no 1º trimestre”. A perda de emprego, ao longo da pandemia, afetou mais os brasileiros pobres, o que fez a desigualdade de renda proveniente do mercado de trabalho subir a um recorde histórico no primeiro trimestre de 2021. O primeiro trimestre de 2021 pode ser considerado o pior ponto da crise social. No período, a renda média per capita despencou para patamar mais baixo da série histórica, ficando em R$ 995, abaixo de R$ 1.000,00 pela primeira vez. Significa um tombo de 11,3% ante a renda média de R$ 1.122, alcançada um ano antes no 1º trimestre de 2020.

Os mais pobres perderam mais. Enquanto a renda média geral caiu 10,89%, em um ano, a metade mais pobre teve perda de 20,81%. A perda de ocupação foi a principal responsável pela queda do poder de compra médio dos brasileiros, diz Marcelo Neri, diretor da FGV Social. Os trabalhadores com menor nível de instrução foram os mais prejudicados pelo choque provocado pela pandemia no mercado de trabalho.

A inflação atinge mais quem ganha menos. Os preços monitorados pelo governo, energia elétrica, gás, combustíveis e medicamentos fizeram a inflação dos mais pobres encerrar o mês de maio quase duas vezes maior que a dos mais ricos, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas). A pressão foi maior entre as famílias mais pobres, com renda domiciliar inferior a R$ 1.650,50. A variação de preços passou de 0,45%, em abril, para 0,92% em maio. Os de renda muito baixa tiveram a taxa mensal de inflação de 0,92%; os de renda média de 0,82% e os de renda alta de 0,49%.

Diz Ricardo Neri: “andamos para trás”. O pesquisador ressalta que a melhora da situação depende do combate à pandemia. “O avanço da vacinação é peça necessária para permitir o retorno das atividades econômicas e a volta segura ao trabalho”.

No Brasil, como temos uma maioria de pessoas pobres e desempregadas, os infectologistas acham que só vamos atingir esse nível de segurança com 90% da população ativa vacinada. “O Brasil ainda precisa aplicar cerca de 204 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para atingir a desejável cobertura de 90% da população acima de 18 anos para atingir uma meta segura para controlar a epidemia da Covid-19.

Apesar do novo calendário acelerado de vacinação, na velocidade atual a cobertura vacinal completa dessa população pode ser alcançada apenas em meados de 2022”. Ave Maria, digo eu.

Os dados e as conclusões são de um estudo feito por professores da USP (Universidade de São Paulo), da UERJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), com base no banco de dados oficial do Ministério da Saúde.

O País tem hoje 160 milhões de cidadãos brasileiros, com mais de 18 anos, e que são elegíveis para vacinação. O caminho para se chegar a um percentual seguro de 90% de imunizados (ou 144 milhões de pessoas) ainda é longo: até quinta (17/06), 60 milhões ou 37,5% da população adulta já tinham recebido pelo menos a primeira dose da vacina. Destes, apenas 24 milhões ou 14,9% da população adulta, receberam também a segunda dose.

No Brasil há hoje 62,5% de brasileiros ou 100 milhões de pessoas que ainda não receberam nem sequer uma dose do imunizante. E 85,1% que ainda não tomaram a segunda dose e por isso ainda não estão completamente imunizados. Os professores calculam que, para que a imunização seja atingida ainda este ano, será necessário aplicar mais de um milhão de doses diárias de vacinas até dezembro.

A meta é considerada factível por eles, “considerando o histórico de sucessos de campanhas de vacinação do SUS”. Mas, não será alcançada “se mantidas as metas abaixo de 700 mil doses diárias que vêm sendo observadas”, diz o professor Guilherme Loureiro Werneck, da UERJ, um dos coordenadores do trabalho, que é assinado também por Ligia Bahia e Jéssica Pronestino de Lima Moreira, da UFRJ, e Mário Scheffer, da USP. Matéria publicada na Folha de São Paulo, na coluna de Mônica Bergamo.

Graças a Deus aqui no Maranhão estamos bem melhores do que todos, por causa do trabalho do governador Flávio Dino, do vice-governador, Carlos Brandão, e dos prefeitos como Eduardo Braide e outros. Hoje somos o estado com menor número de óbitos do Brasil e, se fôssemos um país, estaríamos melhor que mais da metade da Europa. Vamos em frente!

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