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Animais selvagens invadem cidades vazias em quarentena

Espécies aproveitam silêncio e espaços vazios para procurar alimento

Ruas desertas, silêncio e menos poluição. O efeito que a quarentena por causa do novo coronavírus provocou uma ocupação de outro tipo de moradores. Isso porque muitas cidades pelo mundo foram “invadidas” por animais selvagens, que agora encontram menos ameaças nos ambientes urbanos para buscar alimento.

Em Portugal, raposas e javalis foram vistos passando pelas ruas de Lisboa, em Porto e Monsanto. No Reino Unido, um rebanho de ovelhas foi flagrado “brincando” em um parque de diversões em uma praça da cidade de Raglan.

No Nepal, um rinoceronte apareceu e assustou quem andava pelas ruas vazias de Terai Lowlands. Já na Tailândia, em Cachoengsao, uma manada de elefantes obrigou um grupo de motoristas a parar os carros enquanto atravessavam uma rodovia.

Muitos outros flagrantes de animais passando pelas ruas foram feitos por moradores de suas janelas e sacadas. Nestes últimos dois meses, imagens foram divulgadas nas redes sociais e viralizaram.

ÁGUAS CALMAS
Animais marinhos também são encontrados nas águas, que estão menos agitadas. Tubarões, baleias e cardumes têm se aproximado da orla. Em Niterói, Rio de Janeiro, um tubarão-baleia foi visto por pescadores no dia 1º de maio.

Ele é mais comum nas águas nordestinas e é o maior peixe dos mares, mas se alimenta apenas de plâncton e pequenos peixes, como sardinhas.

Uma baleia jubarte foi flagrada no mar de Ilhabela, São Paulo, na semana passada. Elas começam a ser vistas apenas em junho, mas algumas podem explorar o caminho mais cedo. As águas mais calmas são um convite às visitantes.

ECOSSISTEMAS AMEAÇADOS
Outro motivo que fez com que animais passassem para as cidades é a degradação dos ecossistemas em que vivem. Desmatamento, extinção de espécies e poluição da água e solo tornam mais difícil a vida de animais, que procuram estender seus habitats.

Vale lembrar que a invasão dos animais selvagens é uma busca por alimentos. O biólogo Orlando Vettorazzo explicou ao Pleno.News que este movimento faz parte de um avanço natural de espécies, mas que os animais não devem “migrar” para as cidades e que devem retornar ao ambiente rural com o fim da quarentena, já que o barulho, movimentação e poluição afastam as espécies.

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