
Na entrevista coletiva da manhã da ultima segunda-feira, 27 de abril, sobre a crise do coronavírus, o governador do Maranhão, Flávio Dino, deixou claro que a capital do Estado, São Luís, está mais perto do bloqueio total (lockdown) do que da abertura do comércio como desejam alguns.
Ou seja, caso se mantenha o ritmo da contaminação da Covid-19, mesmo serviços essenciais serão fechados e estarão em funcionamento apenas, supermercados, farmácias e hospitais. Bancos e armarinhos, por exemplo, serão fechados. O ponto de estrangulamento do sistema de saúde está nas Unidades de Terapia Intensiva. Ontem, somente 6 destes leitos estavam vagos, ou seja, 94,6% de ocupação.
No dia 19 de abril, data onde o sistema ficou no patamar de ontem, as UTIs estavam com 93,7% de taxa de ocupação, na capital. Ao longo destes sete dias, o sistema passou de 80 para 112 destas unidades, um incremento da ordem de, exatos, 40%. Hoje, o governador anunciou mais 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, 20 no Hospital Universitário e mais 20 no Hospital Real. No entanto, conforme o Boletim Epidemiológico, neste mesmo período, os casos de Covid-19, em São Luís, saltaram de 1.075 para 1.824, ou seja, 69,6%.
Diante destes números, ao governador Flávio Dino não restará outra alternativa senão o lockdown, caso uma boa parte da população ludovicense insista em desrespeitar o isolamento social e a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes públicos como meio de frear a contaminação da Covid-19.
No atual cenário, todas as semanas, seria necessário mais 70% de novas UTIs. E como explicou o governador, ainda é preciso profissionais para operação deste sistema. Então, para os ludovicenses, agora, é #FicarEmCasa ou #FicarEmCasa. Por adoção, com o isolamento social voluntário ou por coerção diante do iminente toque de recolher.
Por Frederico Luiz