Fevereiro fecha com 25 casos de homicídios na região metropolitana de São Luís

Fevereiro, segundo observado no portal da Secretaria de Segurança Pública do
Maranhão (SSP/MA), fechou com 25 assassinatos na região metropolitana de São
Luís. Desses casos, 23 se referem a homicídios dolosos, 1 se refere a latrocínio (roubo
que resulta em morte) e um caso é concernente a confronto com a polícia. Três
mulheres foram mortas no mês.
Em um dos casos envolvendo vítimas do sexo feminino, Maria Célia Coelho de Sousa,
de 48 anos, foi morta no dia 15, no bairro da Alemanha, em São Luís. Ela foi
assassinada a facadas pelo marido, Adérito Pires Ribeiro, 40, que, após cometer o
crime, tirou a própria vida por enforcamento. Os corpos de ambos foram encontrados
por familiares dois dias após o fato. A casa ficou repleta de sangue.

Outra situação que repercutiu foi a morte da idosa Maria do Nascimento Abreu, 69,
assassinada dentro da casa onde morava, na Vila São Luís, área Itaqui-Bacanga, no dia
11. O neto dela, Wellison Rodrigues Sousa, 27, foi preso como suspeito do crime. Ele
foi capturado por uma guarnição do Batalhão de Polícia Militar de Turismo (BPTur),
na Avenida Castelo Branco, bairro do São Francisco, por volta das 11h30 da mesma
data. O rapaz estava cercado de populares, que tentavam linchá-lo.

Em fevereiro, também ocorreu um latrocínio, que vitimou o mototaxista Idenaldo
Pacheco do Vale, 51, encontrado morto no dia 19, sendo que ele estava com as mãos e
pés amarrados, em um terreno baldio no Alto do Farol, município de Raposa.
Conforme a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), a vítima
havia pegado uma corrida em um posto de táxi do bairro da Divineia, em São Luís.

Morte de dono de oficina: no dia 26, mataram Luís Eduardo Costa Maia, 26, o
“Macaco”, na oficina dele, no Residencial Terra Livre, área do Parque Vitória –
município de São José de Ribamar. Como suspeitos desse assassinato, a SHPP prendeu
Raiane Mesquita Kelly Gomes e seu marido, André Wallace de Moraes. Outro,
identificado como José Francisco Gonçalves da Silva, 22, o “Juninho”, continua
foragido.
Conforme o delegado George Marques, da SHPP, Raiane Mesquita Kelly Gomes e
seu marido, André Wallace de Moraes, admitiram que “Juninho” atirou em “Macaco”
após descer de um carro Palio verde, de placa NHN-7878, ocupado pelo grupo,
incluindo a vítima. Inclusive, todos eles passaram a madrugada do mesmo dia
ingerindo bebida alcoólica.
George contou que os envolvidos decidiram deixar Luís Eduardo na casa dele naquele
carro, que pertence aos pais de Raiane, no Residencial Terra Livre, Parque Vitória,
quando amanheceu. Em depoimento prestado na SHPP, os dois presos alegaram que
mataram o dono da oficina porque ele teria passado a mão nas partes íntimas da
namorada do “Juninho” durante a bebedeira.
Quatro homicídios no último dia de fevereiro: no dia 28, ocorreram quatro
assassinatos, incluindo um duplo homicídio. Por volta das 10h, desconhecidos atiraram
em Darlan Francisco Pereira Araújo, 20, na Vila Operária, nas proximidades do
Hospital Municipal Doutor Clementino Moura (Socorrão 2), unidade hospitalar onde
não resistiu. Ele, de acordo com a SHPP, recebeu pelo menos doze disparos de arma
de fogo. Os autores estavam em uma motocicleta Honda Bros.
Já o duplo assassinato ocorreu perto das 16h30, na Rua Bom Jesus, Vila Embratel. As
duas vítimas estavam em um veículo de placa NHR-9177. O motorista teria recebido
uma ligação e mudou o percurso, entrando naquela localidade para se encontrar com
um homem identificado como “Calango”. Este, assim que o automóvel apareceu na
rua, atirou contra o carro, atingindo os dois ocupantes.

O tenente-coronel André, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), disse
que os dois iriam passar o Carnaval em Pinheiro, na Baixada Maranhense. As vítimas
foram identificadas como Breno Rafael Reis Brandão, 24, e Jonh Robert Amaral de
Oliveira, 24. Dentro do carro, havia, também, uma garota de 15, que não foi atingida.
Uma pistola foi apreendida no veículo.
O alvo de “Calango” seria Jonh, que havia emprestado um dinheiro ao suspeito,
conforme as primeiras informações. Nesse sentido, Breno morreu de graça. O último
homicídio do mês ocorreu na Santa Clara, tendo como vítima Felipe Anderson de
Castro Lemos, 19, morto a tiros por volta das 20h.