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Economia

Dólar passa a subir nesta quarta-feira

Na véspera, moeda norte-americana avançou 0,44%, vendida a R$ 3,8581.

O dólar passou a operar em alta nesta quarta-feira (5), de olho no exterior, em meio às preocupações sobre a economia norte-americana e a guerra comercial entre Estados Unidos e China. No Brasil, as atenções de voltam para declarações do governo eleito de fatiar a proposta de reforma da Previdência.

Às 12h, a moeda norte-americana avançava 0,23%, vendida a R$ 3,8670, após cair mais cedo. Veja mais cotações. Na máxima do dia até o momento, foi a R$ 3,8690. Na mínima do dia, a R$ 3,8349.

Cenário externo

A ausência de Nova York nesta sessão por conta do fechamento dos mercados em homenagem ao ex-presidente George H.W. Bush deve encolher a liquidez e deixar o mercado mais volátil, destaca a agência Reuters.

“O mercado exagerou um pouco ontem. Ao mesmo tempo, hoje não tem a referência da curva de juros norte-americana. Há espaço para uma correção”, disse à Reuters o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.

Apesar de o achatamento da curva de juros norte-americana levantar o sinal amarelo sobre a possibilidade de recessão nos EUA, Vieira prefere optar pela cautela. “É um movimento natural de esgotamento do ciclo de aperto monetário, já que a política demora a ser repassada para a economia”, destacou à agência.

Por outro lado, a frágil trégua entre Estados Unidos e China mantém as preocupações sobre desaquecimento econômico global, o que pode reforçar ainda mais os temores sobre a maior economia do globo.

Na véspera, Donald Trump já deixou claro que é o “homem das tarifas” e que, se a China não chegar a um acordo durante os 90 dias de trégua, ele não hesitará em elevar os impostos sobre os produtos chineses.

No mercado internacional, o dólar caía ante a cesta de moedas e também ante emergentes como o peso mexicano e a lira turca.

Cenário político

Internamente, os investidores acompanhavam as negociações políticas, um dia depois de novo adiamento da votação do projeto de lei da cessão onerosa, podendo ficar, inclusive, para 2019.

O fatiamento da reforma da Previdência admitido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro também gerava desconfiança dos investidores.

Na véspera, ele disse que pode dividir o envio de uma proposta de reforma ao Congresso Nacional, que inicialmente deve contemplar mudanças nas regras para o setor público e também que preveja a adoção de uma idade mínima para o recebimento de benefícios, com diferentes idades para a aposentadoria de homens e mulheres.

“Acho que, por ora, está tendo muito ruído. O mercado está sendo precipitado. Na hora que o novo governo se sentar na cadeira, vamos ver o que tem para fazer”, concluiu Vieira.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 12,217 bilhões.

Fonte: Valor PRO

Última sessão

O dólar subiu na terça-feira (4), com o aumento da aversão ao risco no mercado internacional. Durante boa parte da sessão, a moeda norte-americana operou em baixa ajudada por mais uma intervenção do Banco Central no mercado local.

A moeda norte-americana avançou 0,44%, vendida a R$ 3,8581. Já o dólar turismo foi vendido a R$ 4,03, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

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