Conheça os cinco advogados presos na operação contra vazamento de informações de processos
Pais da influenciadora Skarllete Melo também foram alvos da Polícia Civil.

A Polícia Civil do Maranhão cumpriu quatro mandados de prisão contra quatro advogados (as) maranhenses na manhã desta terça-feira (20). Eles são acusados de acessar sem autorização o sistema de informação da Justiça (PJe) e negociar decisões judiciais protegidas por sigilo.
Dois advogados e duas advogadas foram presos e outra advogada que estava foragida da polícia se apresentou no final da tarde. Trata-se de Ryan Machado Borges, Pablo Fabian Almeida Abreu, Ingrid Rayane Ferreira Souza, Iracilda Syntia Ferreira Pereira e Jordana de Sousa Torres (presa por último).

Todos os cinco advogados e os pais da influenciadora Skarllete Melo, identificados como Lélio Rebouças e Karina Melo são alvos da ação do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic) da Polícia Civil do Estado do Maranhão.

“A investigação foi idealizada quando notou-se um acesso não autorizado ao sistema de Processo Judicial Eletrônico. Uma pessoa que teve acesso no passado, desligou-se do poder público e manteve acesso. Dado momento essa pessoa fez um acesso, dentro de uma das operações da SEIC, divulgando informações que estavam protegidas por sigilo e segredo de Justiça. Essas informações foram comercializadas para os investigados por advogados, que passaram por também a responder pelo crime, porque estavam se envolvendo diretamente”, explicou o delegado Augusto Barros.
O Processo Judicial eletrônico (PJe) é o sistema de justiça, uma plataforma, que recebe e disponibiliza, representações do Ministério Público (MPMA), do Judiciário, da Polícia. Nessa plataforma os advogados fazem o acompanhamento dos processos, assim como os delegados apresentam seus pedidos de prisão e mandados de busca.
Com essa manobra, os suspeitos conseguiam antecipar o cumprimento dos mandados judiciais e evitar flagrante e prisões. Os três advogados negociavam os valores das decisões diretamente com os pais da influenciadora.
Além das prisões, documentos, celulares e computadores foram apreendidos. Todos os suspeitos foram autuados em flagrante e se condenados podem cumprir mais de dez anos de prisão.
Com informações de Domingos Costa