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Gestão das águas do Maranhão

Por José Reinaldo Tavares

O Maranhão possui um recurso vital, absolutamente necessário para a vida humana, animal, e produção dequalquer coisa, desde o alimento, qualquer produto manufaturado, enfim tudo. É uma riqueza que temos que
preservar, principalmente por causa das mudanças climáticas agravadas pela elevação da temperatura causadas pela formação de uma espessa camada de gases de efeito estufa que por milhares de anos vem sendo
depositados na atmosfera.

Se essa camada não for retirada em todo ou em parte, permitindo que os gases possam se dissipar na atmosfera e em consequência a temperatura possa diminuir, nós não conseguiremos evitar as calamidades climáticas, como acontece hoje, em todo o mundo. Assim, mesmo que as emissões desses gases diminuam drasticamente, as calamidades climáticas continuarão muito violentas porque a camada de gases de efeito estufa continuará a
impedir que a temperatura caia. A temperatura continuará muito alta e aumentando. Não há solução completa e rápida se a camada de efeito estufa continuar bloqueando a passagem do ar quente através dela. Todos estão tentando desenvolver essas tecnologias salvadoras, que ainda não temos.

Bem, sabendo disso, e vendo o que já está acontecendo no mundo, em que lagos diminuem e rios caudalosas e de grande porte passaram parte do ano passado inteiramente secos, como alguns rios da bacia Amazônica, levaram os especialistas a projetarem um stress hídrico, com a diminuição de correntes liquidas na atmosfera e
estiagens como já acontece no Maranhão com a diminuição de 32% das precipitações no período chuvoso.

Nós temos 10 bacias hidrológicas genuinamente estaduais e três grandes rios que fazem as nossas divisas com o Pará, Piauí e Tocantins. Mas não temos o menor controle sobre as vazões desses rios. Mas precisamos ter. é urgente ter. Precisamos desenvolver um sistema de águas, que funcione permanentemente, interligado entre
si, e com barramentos nos leitos desses rios para poder controlar suas vazões e não deixar que todas essas águas
corram para o mar.

Além disso, é preciso cuidar imediatamente das cidades que estão nas bacias desses rios construindo sistema de
tratamento de esgoto, pois as cidades jogam esgotos em natura, poluindo essas águas, sem nenhum controle. isso é uma tarefa fundamental e urgente, não podemos continuar a poluir um bem vital a humanidade. Precisamos ter domínio dessas bacias, evitar desperdícios e poluições, e através de adutoras controlar também a
água para desenvolvimento de energias limpas, uso para a produção de manufaturas, para consumo humano, para a produção de alimentos tudo dentro de um sistema que compense as vazões de cada uma dessas bacias.
Precisamos saber nossos limites no uso da água, a quantidade que poderemos usar na produção de hidrogênio verde, por exemplo, já que para produzir uma unidade de hidrogênio verde na hidrólise, gastamos 10 vezes mais de água. Hoje não sabemos nossos limites.

Nos já estamos há algum tempo conversando, coma UEMA, a UFMA, o IFMA, e desenvolvendo estudos sobre as vazões dos nossos rios, e sobre alterações climáticas.

E dia 7 de Fevereiro, na semana passada, fizemos uma reunião muito importante com pessoal do mais alto nível
no setor para começar a tirar do papel nossas ideias, e ir buscar ajuda para projetar nosso sistema d’agua.

Tivemos longa conversa com Jerson Kelman, fundador no passado da Agência Nacional de águas e Saneamento
Básico (ANA), e talvez o maior especialista brasileiro no setor, uma conversa muito importante de orientação. Ele
virá passar uns dias conosco, ao aceitar nosso convite, e vai nos dar o embasamento técnico que necessitamos.

Da ANA estiveram na reunião, por vídeo conferência, Patrick Thomas, Superintendente Adjunto de Regulação e
Bruno, Coordenador da Regulação de Usos em Sistemas Hídricos Locais, do Departamento Nacional de Obras
Contra Secas (DNOCS) o engenheiro George Pontes, que também vai participar do projeto, a Caema participou o
Diretor de Engenharia Carlos Rogério, do NUGEO da UEMA vieram membros do Núcleo, da UFMA o Professor
e Engenheiro Eletricista, Vicente Leonardo Paucar Casas, do IFMA o Professor Jomar Sales Vasconcelos. Nas outras reuniões o Secretário do Meio Ambiente Pedro Chagas estará dividindo conosco esse grande projeto. A Equipeda SEDEPE toda participou.

Dessa reunião algumas decisões foram tomadas como a institucionalização do Programa, um Pacto de
Governança, o detalhamento técnico do Plano de Ação, aceso ao Banco Mundial, produção de cenários e
modelos, para termos segurança hídrica. Vamos fazer funcionar o que já existe.

Vamos precisar de um sistema de inteligência, baseado em imagens de satélites.

A ANA celebra Pactos com os Estados para controle das águas, estabelecendo uma governança para isso.

Estou inteiramente convencido que o caminho virtuoso para conseguirmos nosso objetivo de dar racionalidade as nossas ações, começou a ser trilhado. Assim poderemos fazer um bom projeto e fazer o Maranhão dar um passo à frente em relação aos demais estados.

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