
O mundo todo investe em petróleo. Nenhum país tendo petróleo em terra ou no mar, deixará de explorar. Nenhum! Pode procurar. Noruega, EUA, Reino Unido, Argentina, Rússia, todos, inclusive o Brasil. Todos aplicando novas tecnologias para capturar em todas as etapas as emissões de gases de efeito estufa. A Petrobras é lidar nessa postura. Até quando isso vai perdurar? Até que surja um combustível de uso geral com preços menores. E o hidrogênio verde, não é esse combustível? Acredito que será quando seu preço cair abaixo dos preços dos derivados de petróleo. Por enquanto ainda não é.
Então achar que acabou a era do petróleo é utópica e sem base na realidade. Mas todos diziam que bastava
produzir hidrogênio verde que iria ganhar muito dinheiro e vender tudo. Sim mas poucos podem produzir
hidrogênio verde a preços muito baixos e só agora as empresas estão se conscientizando disso. Para isso o que
se precisa? Do transporte mais eficiente possível, tanto para exportação o que envolve dispor de portos
eficientes e fretes baixos, tanto quanto transporte seguro e do mais baixo custo possível para o mercado interno;
Precisamos de sol e assim quanto mais próximo da linha do Equador, melhor. De vento firme e sem rajadas, que soprem da mesma maneira a maior parte do tempo, precisamos de oferta abundante de água de boa qualidade, para fazer a hidrólise e produzir hidrogênio verde e amônia, além de terras baratas, nessas regiões favoráveis, e linhões para transportar a energia produzida até seu destino.
Além disso é muito importante que se disponha de uma ZPE, para que se possa ir muito além de apenas vender o hidrogênio verde, produzir e exportar produtos verdes alguns dos quais de imenso consumo mundial com aço
verde, alumínio verde, combustível sintético e biologia sintética.
Essa soma de propriedades favoráveis que em conjunto formam um ambiente muito acolhedor ao investidor,
poucas regiões tem. Mas o Maranhão seguramente tem.
De formas que nessa depuração que já está sendo feita no mundo empresarial, se nós mostrarmos o que o
Maranhão oferece a eles e principalmente a saúde financeira de seus negócios, agressivamente, como convém, nós acabaremos por nos impor. Para isso, antes tarde do que nunca, precisamos de um organismo como um Investe MA, similar ao que quase todos os estados tem, para “vender” o Maranhão. Além de material especializado para mostrar claramente nossas vantagens.
O ideal é que o estado montasse um projeto piloto completo, apurasse os custos unitários, e chamássemos
os investidores para mostrar a eles que no Maranhão o projeto é viável e lucrativo.
Mas nossas possibilidades são ainda muito maiores, pois comprovadamente temos óleo e gás na Bacia de Barreirinhas que faz parte da Margem Equatorial uma grande reserva ainda intocada de petróleo no mundo. O
dinheiro que não temos mas precisamos ter, já que sem ele tudo fica mais difícil, virá do petróleo como em todo o mundo.
Sim, pois com dinheiro dos royalties nós poderíamos investir, como faz a Noruega, os EUA e outros, em
descarbonização da economia e na produção e aprimoramento tecnológico da energia verde. Nos
preparando para o futuro. Assim faríamos, em conjunto com grandes empresas mundiais que detém muita tecnologia, grandes projetos de energia verde, muito semelhante ao que fez a China que no começo, pois quem quisesse explorar seu grande mercado teria que se associar a uma empresa chinesa para produzir o que faltava a China. No caso uma empresa maranhense seria sócia desses empreendimentos, seja estatal ou privada. Com dinheiro, com um Fundo Soberano, o futuro será nosso.
Mas para isso precisamos da Margem Equatorial, ou seremos nós, pobres, que vamos abrir mão da riqueza,
enquanto os ricos não o fazem de jeito nenhum? O que precisamos com esse dinheiro é garantir nosso futuro
verde que terminará por se impor. Assim fazem as nações ricas, assim faremos nós. Em Abril é época da Feira de Hannover, que esse ano se torna mais imperdível ainda. O tema será Hidrogênio Verde e Célula de Combustível, com cerca de 500 empresas expositoras de todo o mundo. É o mundo se mostrando por inteiro.