
Nesta quarta-feira (13/12), ocorreu a sabatina de Flávio Dino no Senado Federal, como indicado do presidente Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF). Dino sempre almejou o cargo que agora está prestes a galgar. Sua postura, como político de carreira, deixa claro um ar de ganância por poder e dinheiro, convém deixar isso bem claro.

Dino, antes de qualquer coisa, não mede esforço para atingir seus objetivos na escala do poder. Não respeita ninguém que atravessa no seu caminho e é extremamente sagaz, quando é para escolher aliados. Exemplo disso cita-se Márcio Jerry e Eliziane Gama que, mesmo sem competência política, chegaram onde estão graças ao apadrinhamento político com Dino.
Jerry, na Câmara Federal, e Eliziane, no Senado, fazem somente o que Dino dita e ordena. O que ele pretende fazer no passa a passo, todos nós, jornalistas, já imaginamos e sabemos: dominar o Maranhão e Brasil. Esta é a primeira análise que se pode fazer.
Aliás, Lula indicou Flávio Dino para o STF visando somar com Alexandre de Moraes que, como vimos, demonstrou ser um instrumento da esquerda para um projeto global que envolve uma organização que somente mais tarde será compreendida pelas pessoas no mundo.
O Brasil é estratégico na preparação da América do Sul para a Nova Ordem Mundial. Portanto, o jogo é político e geopolítico. Este é o primeiro ponto, por um lado.
Por outro lado, tem um segundo ponto. Ninguém pode negar a experiência de Flávio Dino no campo jurídico. Foi excelente juiz federal e um competentíssimo professor de Direito na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Filho de um exímio escritor, Dino, desde criança, dedicou-se ao universo da leitura. E quem lê muito não tem como não ter sucesso na vida, a menos que seja alguém sem inteligência social e profissional.
No campo político, Dino acumulou mais experiência ainda. Foi deputado federal e governador do Maranhão por dois mandatos. Portanto, intelectualidade e experiência são o que não faltam ao candidato a uma vaga no STF.
Sendo assim, pela ótica da crítica nacional, o perfil e a habilidade política de Dino poderão ser muito importantes na atual conjuntura em que o Supremo Tribunal Federal é questionado por diversos setores da sociedade, apresentando uma baixa aprovação popular, conforme vem sendo mostrado nas pesquisas.
Num recente discurso em Brasília, Dino mandou um recado para a nação brasileira: “No momento em que um político vira ministro do STF, ele deixa de ser político. Não tem mais preferência política nem para a esquerda, nem para a direita”.
Isso pode significar que Dino, como ministro do STF, poderá assumir perfil articulador e pacificador. Isso mostra que ele poderá trabalhar no sentido de colocar ordem na interferência do STF sobre as soluções político-legislativas adotadas na esfera democrática, sejam elas de direita ou de esquerda. Isso seria estabelecer um posicionamento institucional menos engajado e ter ânimos para buscar o restabelecimento do desempenho institucional que é devido ao regime democrático.