Semana passada estive no Rio de Janeiro. A viagem foi muito proveitosa. Estivamos na Petrobras e no BNDES, além de várias outras instituições entre as quais a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
As nossas perspectivas de desenvolvimento são enormes, vamos sair da pobreza e começar a ser um estado com muito menos desigualdade social. A pobreza e a desigualdade social não podem ser tão grandes como são.
Nós teremos aqui projetos enormes que são fundamentais para o desenvolvimento econômico. A Petrobras vai investir muito dinheiro para extrair grandes quantidades de petróleo em águas profundas, em alto-mar, na costa do Maranhão. Isso já tem data marcada: em 2023, eles começam todos os testes para dimensionar a quantidade de petróleo que temos aqui. Muito recurso virá para o estado. Hoje, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo são exemplos disso.
Também no dia 11 de julho, o professor Paul Lee estará aqui conosco para apresentar a Rota da Seda, o maior programa de investimentos chineses do mundo. E, junto com Paranaguá (PR), seremos os únicos estados brasileiros contemplados. E depois eu os coloco a par do que discutimos e por que fazer parte desse sistema significa desenvolvimento econômico e social, empregos, investimentos e muito mais.
Mas estou vibrando de esperança é pela solução do nosso maior problema: a pobreza e a desigualdade social. Há anos luto para viabilizar esse projeto, sem êxito. Cheguei até a colocar no programa de Geraldo Alckmin, quando ele foi candidato a presidente. Mas Alckmin não ganhou. Agora a possibilidade de virar realidade é visível e vou dizer o porquê.
Para o Maranhão – Esse é um projeto concebido pelo professor James Heckman, da Universidade de Chicago, uma das mais importantes do mundo. Heckman é professor de Economia e Chefe do Departamento de Economia da Universidade. E pelos seus trabalhos ganhou o prêmio Nobel em 2000. Portanto, um homem brilhante e que, quando veio ao Brasil fazer palestras, convidado por várias entidades, colocou o sugestivo título: “Por que cuidar das crianças pobres vai mudar o País”. Eu quando li uma entrevista dele sobre o tema no Brasil, eu disse “Ele está falando para nós do Maranhão, o estado com maiores índices de desigualdade do Brasil”.
O objetivo do projeto é cuidar das crianças pobres, desde a barriga da mãe que muitas vezes não consegue fazer um pré-natal como deve ser, prejudicando a ela e ao bebê. O programa consiste em cuidar dessas crianças que, de outra maneira, não teriam esse cuidado, em locais próprios para isso e as crianças teriam assistência médica, alimentação de qualidade, teatro, esportes, alfabetização, introdução aos computadores, ipads, telefones móveis, convivência com outras crianças da mesma idade, sempre orientadas por professores preparados para isso e muito mais. O objetivo é fazer com que cheguem ao Ensino Fundamental no mesmo nível de preparação de qualquer outra criança, preparando-as para seguir em frente na vida e nas várias etapas do ensino que vai trilhar.
Pois bem, o BNDES adorou a ideia e que financiar. Quantos projetos forem possíveis. Nós já sabemos como fazer e vamos chamar a iniciativa privada para participar. A ideia é que as empresas recebam o financiamento do BNDES para construir os prédios conforme o nosso projeto. Esses prédios seriam alugados por nós, que forneceríamos todo o material pedagógico, professores preparados e o material de expediente e tudo o mais. Essa é a maneira como as grandes cadeias de supermercado fazem. Dão os projetos, os parceiros constroem o que será um supermercados e eles usam.
James Heckman afirma que esse é o maior investimento que um estado pode fazer. Para cada dólar investido nessa criança haverá um retorno para a sociedade de 17 centavos de dólar durante toda a vida que essa pessoa viver. O retorno se dará porque esse jovem usará menos os serviços de saúde, não ingressará na criminalidade e assim não precisará de mais policiais, viaturas, etc. e vai ser produtivo a vida inteira e vai tirar a sua própria família da pobreza.
É por isso que estou tão esperançoso e feliz.
