Denúncias confirmam descaso na Educação de São Luís
Herança de sucateamento das escolas foi deixado por Holandinha com a conivência de Braide

Um verdadeiro caos, e porque não dizer um colapso na Educação do Município de São Luís. A crise que toma conta de toda rede municipal, tem ganhado a cada dia que passa contornos mais alarmantes, em especial na região da zona rural de São Luís.
Pais de alunos tem constantemente realizado denúncias que comprovam o descaso e ineficiência da atual gestão, comandado pelo prefeito Eduardo Braide (sem partido), também conhecido no meio político como ‘Eduardo Jaquetinha’
Uma das principais reclamações partiu dos responsáveis de alunos matriculados na Unidade de Ensino Básico – U.B.E. São José de Itapera, localizada na comunidade Tapera, região do bairro Maracanã, zona rural da capital maranhense. Segundo os denunciantes, a instituição de ensino funciona em péssimas condições, pois o local que recebeu ‘reforma’ recentemente não possui bebedouro, água potável, ar-condicionado e ventiladores. Esses são alguns dos problemas da escola.

Também a reclamação é muito grande em relação ao transporte escolar, que é precário e quase inexistente. São ônibus antigos sem condições de uso e que não oferecem segurança às crianças. Com medo e cientes dos riscos que os filhos correm, os pais muitas vezes têm que retirar recursos do próprio bolso para arcar com a despesa incompatível com a realidade financeira das famílias dessa região.
“A escola teve início das aulas mas não tem bebedouro, muitos ventiladores não estão funcionando, os ar-condicionados, muitos deles não prestam, tem aluno com deficiência e a escola não está preparada para receber esses alunos, não tem ônibus escolar para buscar e deixar as crianças das zonas rurais das comunidades de Santa Helena, Arraial, Fazenda, Anajatiu, Rio São Joaquim. Então a diretora da escola, diretora Socorro quer que os pais dê um jeito de mandar as crianças para escola no ônibus que faz rota pro bairro, sendo que nós não temos condições financeiras de ficarmos pagando passagem todo os dias pros nossos filhos irem para escola, sendo que a secretária da educação disponibiliza o ônibus escolar para cada escola da zona rural”, relatou uma mãe de aluno.
Outra mãe acrescenta que, para que as aulas iniciassem sem as condições básicas, a diretora da UEB teria solicitado que os pais assinassem um documento, concordando com o retorno das atividade, mas só depois foi explicado pela direção que não haveria condução à disposição das crianças, pois não teria nenhum dos três ônibus escolares que atendem a área.
“Eles [diretoria] falaram no dia da reunião, se a gente queria que a escola voltasse funcionar e passaram uma lista pra gente assinar dizendo que tava tudo certo, só depois foi dito que o ônibus não ia poder vir porque ainda não tinha ônibus, aí deixou a gente de mão amarradas…”, disse.
Sem transporte escolar
Em outras localidades de São Luís, a situação é mesma, o transporte escolar precário e muitas das vezes estão inabilitados a funcionar, como é o caso da UEB Nossa Senhora das Mercês, na comunidade Jacapim, na Ilha de Tauá-Mirim, também na zona rural de São Luís.
Por lá, a escola está fechada por conta das condições precárias, que segundo os denunciantes, precisa de reforma, porém sem previsão. Para os alunos não fiquem prejudicados, pois pais decidiram matricular os filhos entras escolas diante, no entanto a falta do transporte escolar compromete a ida e vinda dos alunos. Desde o começo do ano, o único ônibus e as embarcações que transportavam as crianças estão quebrados, ou abandonados sendo consumidos pela ação do tempo. Segundo levantamentos do Jornal Itaqui-Bacanga, o serviço do transporte escolar foi suspenso após o término do contrato com a empresa que não foi renovado, ou a empresa substituída.
Sem saída os pais de alunos precisam desembolsar cerca de R$14,00 por dia para que os filhos sejam transportados de moto, ou então caminham mais de 3 km para ter acesso a escola.
‘’Todo dia é assim, tenho que pagar R$14,00 reais para levar ele de moto, ou então tem que ir caminhando um 4 km’’, disse Maria Madalena, avó de um aluno.
Também os alunos são colocados em risco, quando fazem a travessia nas embarcações improvisadas sem o mínimo de segurança.
Com a palavra o Prefeito Eduardo Braide e sua equipe da educação!