Na tarde desta quarta-feira, 16, a Polícia Civil do Maranhão por meio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), apresentou sete pessoas que foram presas, na noite dessa terça, 15, acusadas de envolvimento com estelionato e associação criminosa.
Os presos são: José Jorge Xavier Alves, Lottas Mateus Ribeiro Caldas, Hallen Devid Cosmo do Nascimento, Bruno Nascimento Alves de Morais, Marcos Aurélio Santos Freitas Filho, Márcia Sebastiana Sousa de Jesus e Anniele Raina Barreto Granjeiro.
Segundo informações do Delegado Carlos Alessandro, titular da SEIC, entre os presos há uma funcionária da Câmara Municipal de São Luís, uma funcionária da Prefeitura de Paço do Lumiar, um funcionário de uma terceirizada da Vale e um vigilante da Defensoria Pública da União no Maranhão (DPU-MA). E um dos investigados já havia sido preso pela SEIC, pelo mesmo tipo de crime, mas encontrava-se em Liberdade Provisória.
De acordo com a SEIC, a quadrilha agia usando a clonagem de um número de chip de celular, onde depois utilizava um aplicativo de mensagens de texto, entrando em contato com os familiares e amigos da vítima, no sentido de pedir valores por transferências bancárias. Ou seja, após clonar os chips, os criminosos faziam se passar pela vítima do chip clonado e pediam ajuda financeira. O grupo criminoso fez vítimas em vários municípios do Maranhão.
Ainda segundo o delegado Carlos Alessandro, entre as vítimas da quadrilha estão sete prefeitos de cidades do Maranhão. E há suspeitas de que alguns prefeitos de cidades do Estado do Paraná também tenham sido vítimas dos criminosos.
A SEIC ainda investiga a quantidade real de vítimas e o prejuízo financeiro dado pela quadrilha, que, segundo informações preliminares, seria superior a R$ 200 mil. A Polícia investiga, ainda, a participação de mais pessoas na organização criminosa.
Em nota, a DPU-MA esclareceu que o vigilante envolvido com a quadrilha é terceirizado.
Leia, abaixo, a íntegra da nota de esclarecimento:
“A DPU-MA esclareceu que Diego Silva Fernandes não tem vínculo empregatício com a instituição, sendo funcionário da empresa Ostensiva Segurança Privada, vencedora de licitação pública para a prestação de serviço de vigilância no edifício-sede da DPU-MA. Portanto, não cabe à DPU a seleção, contratação, remuneração e controle de terceiros.
A Defensoria Pública da União reforça ainda que as denúncias que levaram a prisão do prestador de serviço não guardam nenhuma relação com o posto que ocupava na instituição como vigilante contratado pela empresa Ostensiva Segurança Privada.
Por fim, no papel de fiscalização do cumprimento do contrato, a DPU-MA informa que já notificou a empresa sobre o ocorrido e que solicitou posicionamento em relação às medidas a serem tomadas para garantir a continuidade do do serviço de vigilância na unidade a partir dessa quinta-feira (17)”.
Com informações do Imigrante.com