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40 das 100 pessoas que tiveram contato com paciente já testaram negativo para variante indiana no MA

Segundo secretário, resultado de todas as amostras devem sair até o fim deste sábado (22). Tripulação do navio MV Shandong da Zhi será testada novamente.

Pelo menos 40 das 100 pessoas que tiveram contato com os seis casos da cepa indiana da Covid-19 (chamada de B.1.617) apresentaram testes RT-PCR negativos para Covid-19. A informação foi confirmada por Carlos Lula, secretário estadual de Saúde e presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

Segundo o secretário, já foram recebidos, até a manhã deste sábado (22), um total 85 testes. Outros 20 estão sendo aguardados nas próximas horas. Essas amostras estão sendo colhidas pelo hospital particular em São Luís, onde os pacientes que foram infectados foram atendidos.

“Não são, necessariamente, 100 pessoas que tiveram contato com o paciente. O procedimento é de fazer o rastreio. É considerar o técnico de enfermagem que aplicou a medicação no paciente, o enfermeiro, todo mundo que está na escala, a gente pediu para ser testado. Por isso, chegamos nesse número de 100 pessoas. Até o pessoal do laboratório que pegou em algum documento, coletou algum sangue. Fora esses profissionais, a gente teve, basicamente, só o contato com o pessoal do helicóptero. Não teve contato com mais ninguém”, explicou Carlos Lula.

 

Ainda segundo o secretário, neste sábado novos testes serão feitos nos 23 tripulantes do navio MV Shandong da Zhi para atualização do quadro clínico. Essa testagem também está sendo sendo monitorada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do Maranhão, o Ceará monitora dois casos suspeitos da cepa indiana.

Segundo a SES, as amostras serão analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão e caso algum resultado seja positivo, o material será encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, para sequenciamento genômico.

Piora em quadro clínico

 

Ainda neste sábado, foi confirmada a piora no estado de saúde do indiano de 54 anos que foi internado na UTI de um hospital particular de São Luís com sintomas da variante indiana. O paciente está internado desde o dia 14 de maio, quando o navio do qual era tripulante, MV Shandong da Zhi, chegou ao litoral maranhense vindo da Malásia. A confirmação da nova cepa foi feita nessa sexta-feira (21).

A piora do quadro clínico do indiano foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nessa sexta-feira (22). O navio em que estava o indiano navegava com 24 tripulantes no total. Desses, nove testaram negativo para Covid-19, mas os outros 15 apresentaram testes positivo para o vírus. Do total de infectados, seis foram confirmados com a cepa indiana. Fora o indiano que está na UTI, todos os outros 23 tripulantes seguem de quarentena dentro do navio.

Em coletiva nesta sexta-feira (21), o governador Flávio Dino (PCdoB), afirmou que ainda não há sinal de transmissão local da cepa indiana no estado. Na ocasião, Dino disse que os portos maranhenses não serão fechados e reforçou que o navio está proibido de atracar no Porto da Madeira, em São Luís.

Cepa indiana no Maranhão

 

O Maranhão confirmou na quinta-feira (20), os primeiros casos da variante indiana do coronavírus (chamada de B.1.617) no Brasil. Os seis casos da variante no país foram detectados em tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que saiu da Malásia e chegou ao litoral maranhense em 14 de maio.

Um dos infectados foi internado em um hospital particular da capital, São Luís. Os outros estão isolados dentro do navio, em alto mar, a cerca de cerca de 35 quilômetros da costa. Dois deles retornaram à embarcação depois de serem medicados em hospital.

 

As seis pessoas confirmadas com a nova cepa fazem parte do grupo de 23 tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que conta, no total, com 15 tripulantes que apresentaram testes positivos para a Covid-19. Oito seguem sem sintomas da doença.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante B.1.617 está sendo classificada como um tipo “digno de preocupação global”.

A análise genética revelou que essa variação apresenta mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Em linhas gerais, tudo indica que esses “aprimoramentos” genéticos melhoram a capacidade de transmissão do vírus e permitem que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade.

Navio Shandong da Zhi saiu da Malásia com destino a São Luís — Foto: Arte/G1
Navio Shandong da Zhi saiu da Malásia com destino a São Luís — Foto: Arte/G1

Fonte: G1MA

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