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Documentário sobre abusos sexuais abala Igreja Católica

Reações entre sacerdotes foram diversas. Alguns se desculparam e outros não se pronunciaram

Um novo documentário sobre casos de menores de idade vítimas de agressão sexual por parte de religiosos católicos provocou uma onda de reações na Polônia, com mais de 3 milhões de visitas ao vídeo durante as primeiras horas de publicação.

Não Conte a Ninguém é o título do polêmico documentário dirigido por Tomas Sekielski e produzido por seu irmão Mark Sekielski que narra a experiência de várias vítimas de abusos sexuais cometidos por padres.

Entre as vítimas há o depoimento de um homem que lembra como sofreu abusos aos 12 anos por parte do sacerdote Franciszek Cybula, que foi confessor do ex-presidente polonês e líder histórico do sindicato Solidarnosc (Solidariedade), Lech Walesa.

As reações da Igreja Católica oscilaram entre os que pediram desculpas “pelos erros cometidos”, como o primaz da Polônia, Wojciech Polak, e os que evitaram se pronunciar “por não terem visto o documentário”, como o arcebispo de Gdansk, Slawoj Glod.

Por sua vez, o arcebispo da Cracóvia, Marek Jedraszewski, classificou o filme como uma forma “miserável de fazer política com base em mentiras”.

Lech Walesa disse nesta segunda-feira (13 ) que desconhece os fatos sobre Cybula narrados no documentário e lamentou ter tido “maus confessores”. Além disso, o ex-presidente pediu à hierarquia católica que atue com decisão para abordar o problema dos abusos sexuais no âmbito da Igreja.

O líder do partido governante da Polônia, o conservador e nacionalista Lei e Justiça, Jaroslaw Kaczynski, também reagiu ao documentário e disse que a legenda prepara mudanças no código penal para endurecer as penas por abuso sexual a menores.

– Previsivelmente, as penas aumentarão até 30 anos de prisão – antecipou Kaczynski, que fez o anúncio em plena campanha para as eleições europeias que acontecem em 26 de maio.

Atualmente, o abuso sexual a menores de 15 anos é punido na Polônia com até 12 anos de prisão.

Em outubro do ano passado, outro filme controverso, Kler (Clero), abordou os temas de abuso infantil, relacionamentos, corrupção, cobiça e alcoolismo no seio da Igreja Católica polonesa, até se tornar o filme com maior número de espectadores na Polônia neste século.

*Com informações da Agência EFE

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