
A candidatura da senadora Eliziane Gama do Maranhão à presidência do Senado Federal está mergulhada em uma crise de apoio e viabilidade política. Apesar de seus esforços para conquistar o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o apoio do ex-presidente José Sarney, Gama se depara com uma resistência significativa que evidencia a fragilidade de sua posição.
A falta de apoio explícito de figuras-chave como os senadores do seu próprio estado, Weverton Rocha e Ana Paula, é um sintoma evidente das dificuldades que Gama enfrenta.
Rocha e Ana Paula têm se mostrado críticos ou indiferentes às pretensões da candidatura de Gama, o que enfraquece ainda mais suas chances de sucesso. Este cenário já era preocupante, mas a situação se torna ainda mais grave quando observado a falta de viabilidade em suas tentativas de buscar apoio junto aos líderes nacionais.
O fato de Gama ter buscado apoio de figuras como Lula e Sarney, e não ter conseguido consolidar esse suporte, é um reflexo claro das dificuldades políticas que ela enfrenta.
Ambos são figuras de peso na política brasileira, e sua falta de envolvimento pode ser interpretada como um sinal de que Gama ainda não conseguiu estabelecer uma base sólida e um consenso dentro do Senado e das lideranças partidárias, considerados ‘Caciques’.
A incapacidade de assegurar um bloco de apoio robusto e influente limita severamente a capacidade de Gama de negociar e articular dentro da casa legislativa. A presidência do Senado não é apenas um cargo de prestígio, mas uma posição que exige habilidades excepcionais de negociação e a habilidade de construir alianças estratégicas. Sem o apoio dos senadores-chave e de líderes políticos influentes, Gama enfrenta um desafio monumental para conseguir a viabilidade necessária para sua candidatura.
Além disso, o ambiente político atual, caracterizado por divisões internas e disputas de poder, torna ainda mais difícil para Gama estabelecer uma liderança efetiva. Sua candidatura precisa superar não apenas a resistência interna, mas também as complexas dinâmicas de poder que definem o cenário político nacional.
Em resumo, a candidatura de Eliziane Gama à presidência do Senado está em uma encruzilhada crítica. A falta de apoio de senadores influentes, combinada com a dificuldade em garantir respaldo de líderes políticos de peso, coloca em questão a viabilidade de sua candidatura.
Gama enfrentará um longo e difícil caminho para transformar sua aspiração em realidade, e o sucesso dependerá de sua capacidade de superar esses obstáculos e consolidar uma base de apoio efetiva.
PDT de Ana Paula e Weverton Rocha declara apoio a Alcolumbre

O PDT definiu apoio à candidatura do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para a disputa pela presidência do Senado que será realizada em fevereiro de 2025. O partido tem três senadores com mandato atualmente.
“Os senadores Ana Paula Lobato, Leila Barros e Weverton Rocha, que compõem a bancada do Partido Democrático Trabalhista do Senado, deliberaram, em reunião com a Executiva Nacional do partido nesta terça-feira (03/09), apoiar o nome do senador Davi Alcolumbre para a Presidência do Senado no biênio de 2025 e 2026”, diz nota do partido.
Segundo a nota do PDT, a decisão foi tomada “tendo como base a comprovada capacidade parlamentar, de gestão e de liderança”.
A movimentação de Alcolumbre nos bastidores tem garantido até então o seu favoritismo para a disputa pela presidência do Senado. Recentemente, os maiores partidos da Casa começam a rever estratégias e avaliam aderir à candidatura do parlamentar para não serem escanteados dos cargos. Duas das siglas que anunciaram a intenção de lançar concorrentes, o PL, com 12 senadores, e o MDB, com 11, enfrentam dificuldades para encontrar concorrentes viáveis.
Os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, e do PP, Ciro Nogueira, já sinalizaram apoio a Alcolumbre. Integrantes da oposição consideram que o saldo da última disputa com Pacheco em 2023 foi muito ruim, dado que o grupo ficou alijado das comissões e da Mesa Diretora da Casa.
Os possíveis concorrentes
Soraya Thronicke (Podemos-MS): É o único nome formalmente confirmado na disputa pelo comando do Senado, após anúncio do Podemos há um mês. Presidenciável em 2022, a senadora ganhou destaque pelos embates com o então chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL), de quem foi aliada no passado.