
INTRODUÇÃO
Antecedentes históricos de perseguição aos Judeus:
a) As Cruzadas iniciadas em 1095 e tudo( “em nome de Deus”, com o slogan latim, “Deus Vult”: “Deus o quer”! (Papa Urbano II).
b) O 4° Concilio de Latrão, Papa Inocêncio III – conduta violenta da Igreja contra os judeus!
c) LUTERO! Em que pese os Beneficios da Reforma da Igreja, todavia, Lutero da Reforma Protestante, foi um cruel antisemita, criando inspiração para Hitler; tornou-se o seu Teólogo!
d) GOLDA MEIR, quando esteve no Vaticano, depois testemunhou:
“Quando olhei a cruz pendurada no peito do Papa, vi nela, a morte de 6 milhões de judeus “! Sim, toda atrocidade foi praticada pelos “religiosos”! E mesmo que judeu ou qualquer outro povo fosse “inimigo”, a ordem é “AMAI A VOSSOS INIMIGOS”!
01 – A questão religiosa é sempre complexa para que, em espaço limitado, fatos históricos sejam elucidados.
02 – Um esclarecimento, no entanto, nem sempre lembrado, está no livro de Atos dos Apóstolos, uma espécie de “vademecum” da fé cristã ou o primeiro compêndio da História do Cristianismo.
03 – Trata-se de Atos, capítulo 4, versículos 25,26 e 27:
– “Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram a uma contra o Senhor e contra o seu Ungido.
Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel”.
04 – Esse texto faz citação profética do Salmo 2:1-2.
Também fala o verso 26 através dos Apóstolos Pedro ou João que, contra Jesus, se ajuntaram não só Herodes (Herodes Antipas), o tetrarca da Galiléia, mas também Pôncio Pilatos com os gentios(os não-judeus: goím) e os povos de Israel(Atos 4:26).
05 – Têm-se, pois, como “assassinos de Jesus”:
1º) Herodes e Pilatos (inimigos mortais que se tornaram amigos diante do processo da morte de Jesus – Lucas 23:12) , representantes do Império Romano;
2º) os gentios, compostos de muitos estrangeiros ( Atos 2:8-12 – cerca de 16 povos são citados!);
3º) “e os povos (pessoas) de Israel”.
06 – Finalmente, à luz do Evangelho de João 3:16, o plano da morte de Jesus estava no contexto da soberania de Deus:
– “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
07 – Tem-se, também, o testemunho histórico do próprio Jesus:
“E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito;
Pois há de ser entregue aos gentios
AOS ROMANOS), e escarnecido, injuriado e cuspido;
E, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará”(LUCAS 18:31-33).
08- Lembrar, também, que o Sacerdote Caifás era um preposto e, politicamente, nomeado por Herodes que representava Roma! “O povo judeu odiava Herodes e Caifás , porque eles eram fontoches políticos nas mãos dos pagãos romanos”(J. Hagee).
09 – E como diz a letra de um velho hino inglês “quando Jesus era esbofeteado, eu também estava lá”.
Sim, todos nós fazíamos parte do projeto do amor de Deus, oferencendo o Seu Filho para morrer em nosso lugar! Um povo específico não deve levar a culpa, seja judeu ou grego!
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ABC-Paulista, 1° de março de 2024