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Deputados aliados de Brandão votam a favor da PEC da Bandidagem e enfrentam protestos em todo o país

No último domingo (21), manifestações populares tomaram as ruas de diversas capitais brasileiras contra a chamada PEC da Bandidagem. A proposta, considerada um grave retrocesso institucional, tenta impedir que deputados e senadores sejam processados criminalmente sem autorização prévia do Congresso Nacional. Na prática, abre-se caminho para o fortalecimento da impunidade entre os detentores de mandato.

Em São Luís, o ato ocorreu no Centro Histórico, com concentração na Praça da Igreja do Carmo. Manifestantes carregavam cartazes com palavras de ordem, faixas e imagens dos parlamentares que votaram a favor da proposta. A mensagem era direta: o povo rejeita qualquer tentativa de blindagem que proteja políticos corruptos da Justiça.

Apenas três deputados federais do Maranhão votaram contra essa PEC considerada antidemocrática e imoral: Duarte Júnior (PSB), Márcio Jerry (PCdoB) e Rubens Júnior (PT). Os três se posicionaram de forma clara contra esse privilégio político travestido de proteção institucional, indo na contramão da maioria da bancada maranhense.

A ampla maioria dos deputados federais maranhenses que votaram a favor da PEC da Bandidazem fazem parte da base de apoio do governador Carlos Brandão. Esse alinhamento mostra que o grupo político que comanda o Palácio dos Leões não apenas ignora as demandas do povo, mas agora também embarca em projetos que favorecem a impunidade.

Entre os deputados que votaram a favor da PEC estão: Aluísio Mendes (Republicanos), Amanda Gentil (PP), Fábio Macedo (Podemos), Hildo Rocha (MDB), Josivaldo JP (PSD), Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (PRD), Márcio Honaiser (PDT) e Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), todos ligados direta ou indiretamente ao grupo de Brandão.

Allan Garces (PP), Cleber Verde (MDB), Detinha (PL), Josimar Maranhãozinho, Juscelino Filho e Pastor Gil votaram a favor, mas não fazem parte da base apoio ao governo Carlos Brandão.

A tentativa de blindar parlamentares contra a Justiça não é apenas um tapa na cara da Constituição, mas um golpe na esperança de um povo que já sofre com o abandono dos serviços públicos, a insegurança, o desemprego e a falta de representatividade verdadeira no Congresso.

Por mais que a votação secreta tenha sido retirada do texto durante a tramitação, o conteúdo da PEC ainda cria obstáculos para que deputados e senadores sejam responsabilizados por seus atos, mantendo um ambiente de impunidade em plena democracia.

No Maranhão, a aprovação da PEC da Bandidagem por deputados ligados ao governo Brandão apenas reforça a percepção de que este grupo político governa em causa própria. Ao invés de se preocupar com os problemas da população, priorizam estratégias de autoproteção, demonstrando total desconexão com a realidade social e com os princípios republicanos.

Enquanto o povo vai às ruas para dizer não à impunidade, a maioria da bancada maranhense no Congresso escolhe o lado errado da história, deixando claro que os interesses da população estão em segundo plano.

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