Um vídeo que circula nas redes sociais escancara o verdadeiro perfil da deputada estadual Mical Damasceno (PSD). Nas imagens, a parlamentar aparece distribuindo dinheiro, notas de R$ 100 e R$ 50, dentro de uma igreja evangélica na cidade de Imperatriz, região Tocantina do Maranhão.
Vídeo:
A cena é, no mínimo, estarrecedora. O gesto levanta sérias dúvidas: de onde vem esse dinheiro? Por que distribuir dessa forma, dentro de um templo religioso? O que deveria ser um espaço sagrado está sendo usado como palco para manobras políticas, em mais um capítulo vergonhoso da política maranhense.
É importante lembrar quem é Mical Damasceno. A mesma deputada que foi pivô da farsa contra o vice-governador Felipe Camarão (PT), envolvendo supostas conversas vazadas pelo WhatsApp, que a Justiça julgou falsas e mandou arquivar. Resultado? Mical foi premiada pelo governador Carlos Brandão com cargos no alto escalão, incluindo o controle de uma secretaria transformada em cabide de empregos para aliados e apadrinhados.
Essa é a mesma Mical que faz discursos moralistas, conservadores e “defensora da família”, mas que, na prática, atua no submundo da política, distribuindo dinheiro para fiéis como se comprasse votos, apoio ou consciência. É uma afronta à fé das pessoas, usada como moeda de troca eleitoral.
A distribuição de dinheiro em uma igreja é uma prática grave, que precisa ser investigada com urgência. Não se trata de doação ou solidariedade, é jogo político sujo, disfarçado de caridade, com objetivo claro de manter controle sobre o eleitorado evangélico. A tentativa de manipular fiéis com cédulas de real é, além de imoral, possivelmente criminosa.
Questionada sobre a origem do dinheiro, a deputada não apresentou resposta convincente. E não vai apresentar. Quem construiu a carreira gritando contra a corrupção, hoje defende com unhas e dentes um governo atolado em escândalos, como é o de Carlos Brandão, um dos mais suspeitos e rejeitados da história recente do Maranhão.
Mical já ultrapassou todos os limites. Arrotava moralidade, pregava bons costumes, e hoje protagoniza episódios dignos de repulsa. A cena da deputada jogando dinheiro em fiéis, dentro de uma igreja, simboliza o que há de mais podre na política: a fé sendo usada como trampolim para o poder, a mentira substituindo a verdade, e a hipocrisia tomando o lugar da ética.
Esse tipo de prática precisa ser denunciado, investigado e punido. O povo do Maranhão merece mais do que falsas moralistas disfarçadas de santas, que usam a Bíblia numa mão e o dinheiro na outra para manter o poder a qualquer custo.





