
Um vídeo de 2 minutos e 46 segundos, que circula nas redes sociais, tem ganhado força como retrato fiel do cenário alarmante da segurança pública no Maranhão. As imagens não apenas denunciam o sentimento de insegurança vivido por milhares de maranhenses, mas também revelam o nível extremo de insatisfação da população diante da escalada da violência no estado, tanto na capital quanto no interior.
A morte brutal do motociclista por aplicativo Franklin César, executado e enterrado em cova rasa após desaparecer durante uma corrida, foi o estopim. O caso reacendeu o debate sobre a falta de comando e estratégia no sistema de segurança pública estadual. Para muitos, o episódio representa o colapso de uma gestão que negligenciou a proteção da sociedade em nome de interesses pessoais e políticos.
No centro das críticas está o governador Carlos Brandão, acusado de ter transformado uma das áreas mais sensíveis da administração pública em um reduto familiar, ao nomear como secretário de Segurança o primo Maurício Martins, delegado da Polícia Civil com pouca expressão técnica e escassa experiência em cargos de liderança.
A escolha, considerada política e não técnica, tem sido apontada por policiais, lideranças comunitárias e trabalhadores como um erro grave. “Nossa segurança está jogada, o governador não está nem aí. A questão aqui não é só motoboy em si, é toda a população” onde populares relatam medo, revolta e abandono.
A revolta cresce não apenas pela violência, mas também pela falta de resposta efetiva das autoridades, pela lentidão das investigações e pela percepção de que a população cumpre com seus deveres – pagando impostos altos, IPVA e multas – sem receber em troca o mínimo em segurança e proteção.
Internamente, o clima nas corporações também é de tensão. Policiais civis e militares relatam desmotivação, falta de estrutura e ausência de comando estratégico. Delegados e escrivães trabalham em condições precárias, e os resultados nas ruas refletem o desmonte progressivo da máquina pública da segurança.
A crítica mais dura que emerge é que o governo Brandão assiste de camarote à desordem, enquanto comunidades inteiras vivem sob o domínio do medo. Nas palavras de manifestantes, “o sangue dos inocentes escorre nas ruas enquanto o Estado cruza os braços”.
A pressão sobre o Palácio dos Leões aumenta, e o clamor por mudanças reais se intensifica. O povo quer respostas. O povo quer segurança. O povo quer viver.
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