Depoimentos marcam nova etapa de investigação sobre mortes por envenenamento no MA
A Justiça realizou no Fórum Henrique de La Roque Almeida, em São Luís, a audiência de instrução do caso que envolve Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos.
Ela é acusada de envenenar uma família em Imperatriz, ao enviar ovos de Páscoa contaminados, crime que resultou na morte de duas crianças e deixou a mãe delas em estado grave.
Quase três meses após o crime, ocorrido em abril deste ano, o Judiciário maranhense analisa provas reunidas durante a investigação, entre elas os laudos periciais que confirmaram a presença de “chumbinho” – veneno para matar ratos – nos chocolates consumidos pelas vítimas. Também constam nos autos mensagens de ameaça enviadas à mãe das crianças, Miriam Lira.
Durante a audiência, prestaram depoimento testemunhas importantes para o processo, como o mototaxista que fez a entrega da encomenda e a própria Miriam, que ainda se recupera física e emocionalmente do atentado.
Ambos foram ouvidos por videoconferência. Os peritos responsáveis pelos exames laboratoriais também deverão apresentar seus relatos técnicos no processo.
Jordélia está presa desde o dia 17 de abril na Unidade Prisional Feminina de São Luís. De acordo com as investigações, ela teria cometido o crime por vingança e responde pelos crimes de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
As vítimas foram Evely Fernanda, de 13 anos, e Luiz Fernando, de 7 anos. Os irmãos morreram após ingerirem os ovos de Páscoa contaminados com o veneno.
A mãe deles, Miriam Lira, chegou a ser internada em estado grave, mas conseguiu sobreviver.
O processo segue em andamento e novas decisões devem ser tomadas nas próximas semanas.
