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Pré-candidato à presidência da Colômbia permanece na UTI após ser baleado

O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, permanece internado em estado crítico após ter sido baleado na noite de sábado (7), durante um evento de campanha em Bogotá.

De acordo com o prefeito da capital, Carlos Fernando Galán, Uribe superou a primeira cirurgia realizada ainda na madrugada de domingo (8), mas seu estado de saúde continua sendo considerado de “máxima gravidade”, com prognóstico reservado.

Segundo informações do hospital Fundação Santa Fé de Bogotá, o político foi atingido na cabeça e no joelho.

Ele foi operado na cabeça e na coxa esquerda e, após os procedimentos, transferido imediatamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A equipe médica classificou o quadro como crítico.

A esposa de Miguel Uribe, María Claudia Tarazona, afirmou à imprensa que o marido sobreviveu à primeira cirurgia.

“Cada hora é uma hora crítica. Ele travou sua primeira batalha e correu bem. Isso vai levar tempo”, declarou.

O atentado ocorreu durante um comício no bairro Fontibón, na capital colombiana.

Segundo o partido Centro Democrático, ao qual Uribe é filiado, homens armados atiraram pelas costas do senador. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que ele, coberto de sangue, é socorrido por apoiadores.

A Procuradoria-Geral da Colômbia informou que o ataque deixou outras duas pessoas feridas. Um adolescente de 15 anos foi apreendido no local com uma arma de fogo, apontada como a utilizada no crime.

O presidente Gustavo Petro ordenou a abertura imediata de investigações e condenou o ataque.

Em nota, o governo colombiano classificou o atentado como um ataque à democracia e à liberdade política.

“Este ato de violência constitui um atentado não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia e ao exercício legítimo da política na Colômbia”, diz o comunicado oficial.

Diversas autoridades internacionais também se manifestaram. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, repudiou o atentado e expressou solidariedade, confiando na pronta apuração do caso.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também condenou o episódio.

A violência política não é novidade no país. Nos últimos 50 anos, a Colômbia já registrou três assassinatos de candidatos presidenciais: Luis Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa (1990) e Carlos Pizarro Leongómez (1990), além de tentativas contra o ex-presidente Álvaro Uribe.

TRAJETÓRIA DE MIGUEL URIBE

Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, é senador e figura de destaque na política colombiana, tendo sido o parlamentar mais votado nas eleições de 2022.

Filiado ao partido de direita Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe — com quem, apesar do sobrenome, não tem parentesco —, o político tem origem em uma família tradicional da política colombiana.

Ele é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978–1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada em 1991 por membros do cartel de Medellín, quando ele tinha apenas cinco anos.

A tragédia familiar foi retratada no livro Notícias de um Sequestro, do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez.

Considerado um dos favoritos na corrida presidencial de 2026, Miguel Uribe defendia uma agenda conservadora e vinha criticando duramente o governo de Gustavo Petro.

Após o atentado, apoiadores realizaram uma vigília em frente ao hospital, pedindo justiça e orando pela recuperação do político.

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