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Órgãos de perícia criminal completam 10 anos reforçando produção de provas científicas no estado

Três órgãos que ampliaram a capacidade científica da perícia criminal no Maranhão completam, nesta terça-feira (13), uma década de criação. O Instituto de Genética Forense (IGF), o Instituto Laboratorial de Análises Forenses (ILAF) e a Central de Custódia de Vestígios Criminais (Cecrim) passaram a integrar a estrutura da Perícia Oficial em 2015, contribuindo diretamente para a produção da prova científica em investigações conduzidas em todo o estado.

A atuação dos três institutos da Perícia Oficial, do Sistema de Segurança Pública, reforça a qualidade dos exames laboratoriais, a preservação de vestígios e a segurança jurídica dos laudos. Somente em 2024, o IGF produziu 237 laudos e o ILAF emitiu 2.702 resultados periciais, apoiando diretamente a elucidação de crimes por meio de análises especializadas.

“Esses órgãos contribuem de forma concreta para o combate à criminalidade, apoiando investigações com agilidade, precisão e respaldo científico. Eles representam um ganho para o sistema de segurança como um todo”, destaca o secretário de estado da Segurança Pública, Maurício Martins.

IGF

O IGF, com sede no Centro de São Luís, é responsável pelas análises de DNA em casos de violência sexual, investigação de paternidade criminal, confronto de vestígios e identificação de pessoas desaparecidas. Os procedimentos seguem metodologias validadas e protocolos rigorosos, que garantem rastreabilidade e validade jurídica aos laudos.

O instituto também avança com a reforma geral de sua sede, realizada pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Governo (Segov), contemplando todas as áreas de trabalho. O investimento também chega ao parque tecnológico, que será ampliado com a chegada de um robô automatizado de R$ 5 milhões, doado pelo governo federal, que irá acelerar e qualificar ainda mais os processos de extração de amostras.

Uma das mais importantes atuações recentes do IGF foi na atuação do caso do desabamento da Ponte Juscelino Kubitscheck, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). Naquela ocasião o órgão trabalhou para a identificação de vítimas do acidente, permitindo aos familiares uma despedida digna.

ILAF

Localizado no Complexo do Bacanga, o ILAF realiza exames nas áreas de toxicologia, química e biologia forense. As análises envolvem identificação de substâncias tóxicas, entorpecentes, fluidos corporais e vestígios ligados a crimes contra a vida, o meio ambiente e a saúde pública, com atendimento a unidades da capital e do interior.

Certificado pelo Inmetro com excelência, o instituto passa por um processo de modernização com a adesão de novos equipamentos de ponta. Além disso, investe continuamente na capacitação de seus quadros, com formações realizadas em Brasília e no Piauí já este ano, tanto com recursos próprios quanto federais.

Recentemente, o ILAF contribuiu para a elucidação de um crime se grande repercussão: o envenenamento de uma mãe e seus dois filhos após ingestão de um ovo de páscoa criminosamente manipulado. Foi identificada a substância utilizada no chocolate e o laudo foi a principal prova para o indiciamento da principal suspeita.

Cecrim

Já a Cecrim, em funcionamento na sede da Secretaria de Segurança, na Vila Palmeira, gerencia a guarda e a preservação de materiais coletados durante investigações criminais, assegurando a integridade da cadeia de custódia. O controle dos vestígios é essencial para que provas técnicas sejam mantidas sob responsabilidade pericial do início ao fim do processo.

A Cecrim também desenvolve um projeto relevante de identificação de cadáveres diretamente no local do crime, por meio da numeração única atribuída aos corpos durante os exames perinecroscópicos. A medida garante o rastreio preciso das amostras até os laboratórios especializados. Desde 2022, os laudos emitidos pelo órgão já são acessados por meio do sistema Galileu, o que permite que os resultados sejam visualizados de forma imediata pelas autoridades competentes.

A perita-geral do Maranhão, Anne Kelly Bastos Veiga, ressalta os avanços conquistados. “O que vemos hoje é resultado de muito investimento em estrutura, formação de equipes e padronização de procedimentos. Esses órgãos cresceram com base em critérios técnicos sólidos e ajudaram a posicionar o Maranhão como referência na área pericial”, afirma.

Integrados a uma rede de cooperação com a Polícia Civil, Ministério Público, Judiciário e outros institutos da Perícia Oficial, IGF, ILAF e Cecrim atuam de forma integrada para fortalecer o trabalho investigativo e assegurar respostas qualificadas à sociedade. A marca dos 10 anos reforça o compromisso com a ciência forense e a confiança pública na prova técnica como instrumento de justiça.

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