Mulher suspeita de orquestrar morte de namorado e incriminar a ex vira ré por homicídio
O crime aconteceu na madrugada do dia 15 de agosto deste ano.

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Maranhão e tornou ré Maria Mendonça da Silva, apontada como a mandante do assassinato do próprio namorado, em Vitória do Mearim, a cerca de 178 km de São Luís.
Também vão responder pelo crime dois homens que teriam participado do crime a mando de Maria, segundo a Polícia Civil. São o suposto atirador e o motorista que teria auxiliado na fuga.
O crime aconteceu na madrugada do dia 15 de agosto deste ano. À época, foi passada a informação de que Maria Silva teria descoberto que Marcílio guardava determinada quantia em dinheiro para adquirir um carro, e, a partir de então, tratou de colocar em execução um plano para tirar a vida do companheiro, colocar a culpa na ex-esposa e se apossar do dinheiro.
No dia do crime, Marcilio Nolasco estava sozinho dormindo em casa quando foi surpreendido pelos autores. Interrogada na delegacia, Maria Silva confessou que estava juntamente com um dos assassinos durante a invasão na residência da vítima.
Segundo a polícia, Maria afirmava que estava grávida de quatro meses de Marcílio Nolasco. Ela forjou uma narrativa de que a ex-namorada de Marcílio, Marcelina, estaria com ciúmes e fazia ameaças de morte contra ele.
Todas as supostas ameaças eram feitas por meio de três contas de WhatsApp em que a foto de perfil era de Marcelina, com quem Marcílio teve um relacionamento de oito anos. A situação levou Marcílio a registrar vários Boletins de Ocorrência na delegacia contra a ex-namorada.
No entanto, no decorrer das investigações, a Polícia Civil descobriu que era Maria, a atual namorada, quem estava por trás das mensagens com ameaças de morte. O motivo era criar uma narrativa para que Marcelina acabasse responsabilizada por um homicídio de Marcílio, que já estava sendo planejado.
No dia 15 de agosto, Marcílio Nolasco estava em casa quando foi morto com um disparo de arma de fogo em seu peito. Seu corpo, despido, foi retirado de um dos cômodos e exibido à frente de sua residência.
O suposto atirador foi preso, dias depois, assim como o motorista que teria ajudado na fuga. Maria também foi presa e a polícia diz que descobriu, também, que ela não estava grávida de verdade e usava um nome falso.
Maria Silva vai responder pelos crimes de homicídio, denunciação caluniosa, tentativa de estelionato, falsa identidade, ameaça e associação criminosa.