O escândalo do carro encontrado com mais de R$ 1 milhão de reais que envolve a família Braide (Antonio Braide, Fernando Braide e Eduardo Braide e Carlos Braide) faz uma volta ao passado e revela o modus operandi da família. O famigerado caso da ‘Máfia de Anajatuba’ que veio à tona entre 2014 e 2016.
Vários investigados na “máfia de Anajatuba” foram condenados na Justiça, entre eles Fabiano Bezerra, assessor técnico de Carlos Braide entre 2008 e 2012 e depois assessor de Eduardo Braide entre 2012 e 2014.
Da mesma forma, Guilherme Bucho – o assessor que dirigia o Clio vermelho com R$ 1,1 milhão no porta-malas – trabalhou com Braide entre os anos de 2019 e 2023 e, depois, passou a atuar com o deputado estadual Fernando Braide (PSD), a partir de 2023.
A relação da família Braide com o “Carro do Milhão” – pai, mãe, irmãos, assessores diretos – está caracterizada nas investigações da Superintendência de Investigações Criminais (SEIC), assim como a relação dos Braide com a “Máfia de Anajatuba” foi caracterizada pelo Gaeco, do Ministério Público, e pela Polícia Federal, em 2015.
Após 10 anos, a cena se repete e mais uma vez, ‘os Braides’ voltam a está no olho do furacão e na degradação total.
Prisão e pagamento de fiança de Tonho Braide
Policiais Civis da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) cumpriram mandato de busca e apreensão em duas residências do médico Antônio Carlos Salim Braide, irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD). Os mandatos foram cumpridos na tarde desta terça-feira (20).
Tonho Braide é investigado no inquérito policial instaurado para apurar o caso do veículo Renault Clio, de cor vermelha, achado na Rua das Andirobas, no bairro Renascença, no dia 30 de julho, com o porta-malas armazenando R$ 1.109.350,00, cuja origem continua sendo investigada pela Polícia Civil.
Os policiais estiveram no apartamento do irmão do prefeito, no bairro da Ponta do Farol, e em uma residência que pertenceria a sua família situada entre os municípios Itapecuru Mirim e Santa Rita.
No início deste mês, o irmão do prefeito foi intimado a depor e não compareceu à sede da SEIC para prestar depoimento. O ex-deputado Carlos Braide, se fez presente.
O advogado do médico, Armando Serejo, afirmou que o Honda Fit, placa NHJ8667 e de cor preta, que está registrado no nome da mãe do prefeito, já falecida, utilizado para dar carona a Guilherme Ferreira Teixeira, é de uso doméstico de todos os membros da família Braide e que é utilizado por motoristas para levar crianças ao colégio e fazer supermercado, por exemplo.
O prefeito disse em vídeo divulgado nas redes sociais, que o Honda, apesar de estar registrado no nome da sua falecida mãe, é de uso exclusivo de Tonho Braide, com quem não fala e não tem relação há quase três anos.
“Bucho” reside em um apartamento, no Parque Shalon, que teria sido comprado de Carlos Braide pelo valor de R$ 350 mil.
Ele e Carlos Augusto Diniz da Costa, que se apresentou aos Policiais Militares como dono do Clio e que também era cargo comissionado no governo do prefeito, permaneceram em silêncio em seus depoimentos na Superintendência.
A dupla também figura como investigada no caso, já tendo sido alvo de mandados de busca e apreensão.
Tonho Braide é levado para SEIC
O médico Antônio Carlos Salim Braide foi levado para a sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), no Bairro de Fátima, no fim da tarde desta terça-feira (20). O deslocamento aconteceu em uma viatura da Polícia Civil e ainda não há informações detalhadas sobre os motivos da condução.
