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Polícia

Três acusados de matar publicitário Jesiel Pontes são condenados

Em julgamento ocorrido na quinta-feira (7), foram condenados, em regime fechado,
Natanael dos Santos Lemos, de 19 anos; Wanderson Morais Baldez, 21, e Darlan
Melo, pela 2ª Vara Criminal de Paço do Lumiar. Eles eram acusados pela morte do
publicitário Jesiel Sales Pontes, 52, cujo corpo foi achado no dia 23 de março de 2018
enrolado em uma rede de descanso, na Vila Pirâmide, em Raposa.

Jesiel era muito conhecido no mundo artístico e também cultural

O juiz Carlos Roberto Gomes de Oliveira Paula, titular da 2ª Vara de Paço do Lumiar,
condenou Darlan a 23 anos e 4 meses de reclusão e Wanderson Baldez a 21 anos e 4
meses de prisão. Já Natanael Lemos foi sentenciado a 8 anos e 8 meses de reclusão. Na
sentença, o magistrado frisa que o crime foi previamente combinado, com o intuito de
roubar o veículo Hilux da vítima, sendo que esperaram o publicitário ingerir bebida
alcoólica, em seu sítio, para atacá-lo com uma garrafa de Vodka cheia de molho de
pimenta.

“Do conjunto probatório produzido”, frisa o juiz na sentença, “percebe-se que está
plenamente o delito de latrocínio, uma vez que visando subtrair os bens de Jesiel, os
agentes acabaram por impor uma violência tão desproporcional a ponto de matá-lo”. O
magistrado destaca, com relação a Darlan, que este foi preso em flagrante quando
tentava alienar o veículo da vítima no interior do Maranhão, em Santo Amaro.

Condenação também pela morte de delegado

Importante destacar que Wanderson havia sido condenado, recentemente, a 31 anos e
10 meses de prisão pelo assassinato do delegado da Polícia Federal Davi Farias
Aragão, de 35 anos, em um homicídio que aconteceu no dia 5 de maio de 2018, na

cidade metropolitana de São José de Ribamar. Além dele, também foi sentenciado
Davi Costa Martins, 18, o “Olhão”, a 32 anos e 6 meses de reclusão.

Wanderson Martins, no que se refere a esse caso, foi preso na Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) da Vila Luizão, logo após ter sido baleado no braço no momento
da invasão ao local onde o delegado estava com amigos e familiares. Davi Aragão
comemorava o aniversário de sua filha, quando a residência, na Praia do Meio, em
Ribamar, foi invadida pelo criminoso e mais dois comparsas.

A morte do publicitário

Conforme explicado na época pelo delegado Lúcio Rogério Reis, titular da
Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), Jesiel saiu em sua
caminhonete em direção a uma chácara que possuía na Rua Flamengo da Vila
Bob Kennedy, na cidade de Paço do Lumiar. No caminho, buscou Darlan e
Wanderson e os levou para o sítio, onde iriam curtir o dia. Mas, durante o
momento no imóvel, o publicitário foi atacado pelos dois criminosos.

Reis contou que Jesiel, primeiramente, levou uma forte garrafada na cabeça.
Depois, foi submetido a um espancamento, chutes e pisadas no pescoço, sendo
que ainda foi asfixiado. Em seguida, apareceu Natanael, para colocar objetos,
como botijão de gás e celular, na Hilux. O corpo dele, inicialmente, seria jogado
em um poço à beira da Praia do Olho d’Água, mas, como a maré estava cheia,
mudaram de plano e desovaram o cadáver em um matagal na Vila Pirâmide, na
cidade de Raposa.

O corpo do publicitário foi encontrado três depois do seu desaparecimento, sendo
que a notícia ganhou repercussão porque ele era muito conhecido no mundo
cultural e artístico. No dia 28 de junho, a SHPP deu cumprimento aos mandados
de prisão preventiva em desfavor de Natanael e Wanderson, sendo que último já
estava encarcerado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas pela morte do
delegado Davi Aragão.

Já Natanael, que é conhecido como “Beck”, foi capturado no “Buraco da Gia”,
uma região periférica do bairro do Olho d’Água, em São Luís, por volta das
10h30 do mesmo dia. Ele não participou diretamente do crime, mas apareceu na
chácara onde Jesiel estava quando a vítima já estava sem vida. Conforme o
delegado Lúcio, ele ficou responsável por levar os objetos do imóvel na
caminhonete Hilux, de placa NHH-7584, que pertencia ao publicitário.

Outro envolvido no latrocínio, Darlan Melo, já tinha sido preso em 31 de março,
na cidade de Santo Amaro/MA, por uma equipe da Polícia Militar. Na ocasião,
ele foi baleado na perna, sendo que estava com a caminhonete de Jesiel, que seria
vendida no local. Caso não conseguisse, o criminoso iria oferecer o veículo no
Estado do Pará, como o delegado relembrou.

Darlan, como Lúcio Rogério declarou, tinha um relacionamento amoroso com o
publicitário, sendo que Melo planejou todo o crime e convocou os seus
comparsas. Na época, ele foi preso em flagrante, mas houve a conversão em
prisão preventiva.

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