
O mundo terá que se preparar para enfrentar a volatilidade climática pois ela modificará muitos aspectos da vida principalmente a produção de alimentos. Segurança alimentar será meta a ser perseguida por todas as nações, principalmente as mais populosas ou localizadas em regiões geográficas
inadequadas para a produção de alimentos, mesmo nações ricas em recursos financeiros. Logo todas terão como prioridade máxima garantir alimentação aos seus cidadãos.
O mundo vai começar a fazer a transição das energias fósseis para fontes de energia limpas, principalmente para fontes de energia renováveis e hidrogênio verde, para reduzir o aquecimento global, pois o consumo de energia é crescente em grande escala e um dos mais vorazes consumidores de energia são os gigantescos data centers que além de serem vorazes consumidores de energia, vão se multiplicar exigindo muito mais energia, pois o mundo da inteligência artificial veio para ficar e estará presente em todas as fases da vida, e em toda a atividade
humana. A chave será sempre o preço da energia. Mas, a busca se dará para obter a energia verde capaz de oferecer preços competitivos em relação a energia fóssil, do petróleo. Sem isso as empresas perdem competitividade e não adotarão uma energia mais cara do que a que os concorrentes estão usando, porque quebrarão. O hidrogênio verde tem muito mais densidade energética do que a energia fóssil do petróleo, quase três vezes mais. Mas para se impor terá que custar US$ 2,5/kg e hoje custa entre 4 a 6 dólares por quilo. Condições locais e tecnologia irão ditar os rumos dessa batalha, mas é certo que essa meta será alcançada em alguns locais, e esses locais, mesmo que pobres hoje, ganharão um lugar entre as mais ricos e importantes nações do mundo.
Assim muitos países de pequeno e médio porte, que tem dificuldades de produzir energias renováveis com preços aceitáveis, passarão por grandes insegurança na obtenção de energia e de recursos hídricos e na produção de alimentos. E países como o Brasil, grande produtor de alimentos, que são em grande parte exportados, passarão por grandes pressões para exportar ainda mais.
Para isso dependerá da infraestrutura, da logística dos custos operacionais e de tecnologias de ponta. A falta de capacidade portuária, por exemplo, impacta o preço dos grãos no Brasil, diz o Rabobank da Holanda. E isso impactará a rentabilidade do agricultor e a capacidade de investir em maior produção.
Desde as filas de espera dos navios para atracar, descarregar e carregar, até o transporte maciçamente por caminhão, as péssimas estradas e rodovias, a uma operação com uso de baixa tecnologia nos nossos portos, tudo isso representa o custo Brasil, que traz grandes perdas para todos, produtores e consumidores, enfim para o país. E isso precisa ficar para trás, não pode continuar.
E todos precisarão de água, que é básico para a vida humana em todos os seus aspectos, e para a produção de alimentos, de energia, de tudo.
Feita a conceituação da situação, onde está a solução?
Vou mostrar que grande parte da solução está no Brasil, e no Brasil grande parte dela está no Maranhão.
O mercado atual da soja é de 156 bilhões de dólares e a projeção para 2030 é de US$ 278 bilhões. Os principais produtores são Brasil, EUA e Argentina. Principais consumidores são China, EUA e União Europeia. A produção global é de 370,24 MT (2023/24). Brasil 163 MT, EUA 112 MT, Argentina 48 MT, China 20 MT.
Mas os produtores brasileiros são muito penalizados por falta de infraestrutura e logística ferroviária moderna e portos eficientes.
Ou seja, portos profundos e eficientes, com tecnologia adequada, evitando as esperas antes e depois de atracar, no desembarque e no embarque das cargas. Essa oferta de transporte ferroviário tem que ser integral desde as áreas de produção até o porto. E o porto precisa operar com grandes navios que são os mais eficientes e oferecem os menores preços de frete. Vejamos a profundidade dos principais portos brasileiros, segundo a ANTAQ.
Vila do Conde-13m; Alcântara 25m; Itaqui !5m; Cotegipe 14m; Tubarão 15m; Santos 14m; Paranaguá 12,5; São Francisco do Sul 13m.
Logo o Maranhão oferece os dois mais profundos Alcântara e Itaqui, respectivamente 25 e 15m.
E o que quer dizer isso? Vamos ver o mais profundo. Terá 8 berços de 25 m de profundidade cada um, com 420m de comprimento o que atenderá os maiores navios do mundo. Terá um canal profundo de acesso só para o porto o que como será o porto mais novo trará a mais moderna tecnologia do mundo, o que lhe permitirá oferecer custos mais baixos e movimentação mais rápida de mercadorias. Com os navios de 400 mil toneladas e os ChinaMax teremos redução de fretes de 15 dólares /treduzirão 42% de CO2/t, oferecendo serviços de classe mundial e lucratividade para seus clientes.
Assim o principal gargalo logístico e de infraestrutura que impede mais investimentos será coisa do passado, e isso vai permitir ao Brasil uma presença muito importante na Segurança alimentar do mundo.
Mas o Maranhão também será decisivo no mercado de hidrogênio verde. Essa energia é tão poderosa que um kg dela produz 33,33 kwh de energia equivalente a um galão (3,8 l) de gasolina e é energia bastante para atender uma casa americana por um dia. Permite um veículo se deslocar 100 a 150 km, pode atender ao consumo de um pequeno negócio ou um edifício comercial por várias horas. 50 kg de energia de hidrogênio verde produz uma tonelada de aço verde, com baixíssima emissão de gases de efeito estufa.
Mais a produção é mais cara do que as fontes fósseis. E esse é o nosso maior diferencial na produção de hidrogênio verde, umgrande projeto da NextGenHidrogenio, lançado no estado há duas semanas atrás por Wesley Paul, Chairman & CEO da empresa, com grande número de empresas de tecnologia de ponta associadas ao projeto, baseado nas condições naturais que o Maranhão oferece, na ZPE e na nossa infraestrutura ferroviária e portuária promete conseguir. Produzir hidrogênio verde a US$ 2,5 o quilo, permitindo ao mundo fazer a transição energética para energia verde bem antes de 2050, como está estabelecido. E o Maranhão será fundamental na oferta da nova energia global o que nos colocará em outro patamar de desenvolvimento
econômico e social no mundo, atraindo um mundo de investimentos.
Além disso, temos 55% de toda a água do Nordeste brasileiro. Nossa missão é transformar nossos rios em um sistema de água o que tornará o estado soberano na solução das grandes carências do mundo.
Como diria o saudoso João Castelo: Agora vai!