
Os depoimentos do ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) e do assessor internacional da Presidência da República Filipe Martins, estão na lista de oitivas desta semana na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, no Senado Federal.
O depoimento de Terra está previsto para 3ª feira (22) e o de Martins, para 5ª feira (24). Este último, deve explicar sua participação em uma reunião com representantes da farmacêutica Pfizer — citada pelo ex-CEO da empresa na América Latina, Carlos Murillo –, da qual também participaram o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wanjgarten e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) foi convocado pelos senadores, mas o pedido de depoimento foi convertido para convite após requerimento do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) — sem a obrigação de comparecimento do convidado ou com a possibilidade deste ausentar-se no decorrer da sessão.
A justificativa para o chamamento se baseia na suspeita de um “gabinete paralelo” que interferiria nas ações do Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no combate à crise sanitária do novo coronavírus.
Os senadores também destacaram a defesa por parte do ex-ministro de medidas como a “imunização de rebanho”. Em fevereiro de 2021, o ex-ministro escreveu em artigo para o um portal de notícias em que citava uma única solução para a pandemia, “um fenômeno da natureza: a imunidade coletiva”.
500 mil mortes
Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia — que investiga possíveis irregularidades na gestão da crise sanitária de Covid-19 no Brasil — divulgaram, neste sábado (19.jun), uma nota pública em que garantem “justiça” pelo número de mortes registradas no país: 500 mil vidas perdidas foram computadas na última atualização.