
De acordo com o Ministério Público, os valores em atraso somam quase R$ 8 milhões, referentes ao período de dezembro de 2020 a janeiro de 2025. Apesar de a dívida ter origem em gestões anteriores, a denúncia aponta que a atual presidência da Câmara não apenas manteve a inadimplência como também descumpriu um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2018, que previa a regularização dos repasses ao Ipam. Além disso, mesmo após notificações formais do instituto cobrando a regularização, as contribuições continuaram sem ser pagas.
A investigação revelou ainda que a falta de transparência nos dados da folha de pagamento dos servidores dificultou a apuração exata do prejuízo, que pode ultrapassar os R$ 9 milhões. O Ministério Público pede, além da responsabilização criminal, que o presidente da Câmara apresente uma relação completa e atualizada dos servidores e suas respectivas fichas financeiras. Caso condenado, ele poderá enfrentar pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.
O parlamentar, que recentemente foi reeleito para a presidência da Câmara, já responde a outras investigações na Justiça, incluindo uma ação penal por corrupção passiva. Ele também foi citado em apurações sobre suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. Até o momento, nem ele nem sua assessoria se manifestaram sobre as acusações.
A gestão do atual presidente da Câmara tem sido constantemente questionada por sua falta de transparência e pela sucessão de ações suspeitas envolvendo o uso de recursos públicos. As investigações sobre sua conduta não são recentes, e a ausência de esclarecimentos concretos sobre as denúncias tem ampliado a desconfiança da população e de setores políticos.
O descontentamento popular com a administração da Câmara é crescente. Moradores de São Luís, que já enfrentam dificuldades com serviços públicos precários, veem com indignação os sucessivos escândalos envolvendo o comando do Legislativo municipal. A falta de transparência e a suspeita de irregularidades reforçam a percepção de que o órgão está distante dos interesses da população e mais próximo de interesses pessoais e políticos. (Com informações do Atual 7