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Falta de saneamento faz Maranhão liderar internações por doenças infecciosas no Nordeste

Um levantamento do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (19), revelou que o Maranhão possui a maior taxa de internações por doenças causadas pela falta de saneamento básico no Nordeste.

Os dados mostram que, em 2024, mais de 344 mil pessoas foram hospitalizadas em todo o país devido a enfermidades relacionadas ao saneamento ambiental inadequado. O estudo foi apresentado às vésperas do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.

Entre os casos registrados, 168,7 mil foram decorrentes de infecções transmitidas por insetos vetores, principalmente a dengue. Já as doenças de transmissão feco-oral, como gastroenterites virais, bacterianas ou parasitárias, responderam por 163,8 mil internações.

Maranhão tem taxa seis vezes acima da média nacional

O levantamento destaca que o Centro-Oeste registrou a maior taxa de internações do país (25,5 a cada 10 mil habitantes) devido ao surto de dengue. No Norte, as doenças de transmissão feco-oral levaram a 14,5 internações por 10 mil habitantes, o dobro da média nacional.

No Nordeste, a situação também preocupa: a taxa de internação por infecções feco-orais foi de 12,6 por 10 mil habitantes, sendo a segunda maior do Brasil. O Maranhão, porém, apresentou um índice alarmante de 42,5 internações por 10 mil habitantes, número seis vezes acima da média nacional.

Essas doenças estão diretamente relacionadas à falta de saneamento, pois são causadas por vírus, bactérias e parasitas presentes nas fezes de pessoas infectadas. A transmissão ocorre pelo consumo de água e alimentos contaminados, além da falta de higiene das mãos.

O cenário é agravado pelo acúmulo de lixo e esgoto a céu aberto, que favorecem a proliferação de insetos transmissores, aumentando o risco de novas infecções.

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