
A greve que já dura quatro dias consecutivos em São Luís tem revelado a postura sensata e comprometida do governador Carlos Brandão (PSB), que, diante da crise no transporte público, buscou a melhor solução para a população. O governo estadual não apenas apresentou uma proposta justa, mas também chegou a um acordo que pôs fim à greve no sistema de transporte metropolitano (Semiurbano). Como resultado, 30% da frota que atende a região metropolitana voltou a circular, proporcionando alívio imediato à população e contribuindo para amenizar a crise de mobilidade na capital maranhense.

Enquanto isso, o prefeito Eduardo Braide (PSD) tem adotado uma postura equivocada diante da greve, agindo de forma impetuosa e tomando decisões questionáveis. Ao tentar “peitar” os empresários do setor, Braide até parece ter algum fundamento, mas sua proposta, longe de ser uma solução efetiva, mais parece uma medida populista. Ao oferecer vouchers de R$ 60,00 por dia para que os usuários recorram a carros de aplicativo, o prefeito não contempla a maioria da população, composta por mais de 700 mil usuários do transporte público. Essa medida, além de ser extremamente cara para o contribuinte, cria uma distorção de custos, já que o valor gasto com os aplicativos é muito superior ao oferecido pelo sistema tradicional.
A tentativa de Braide de agradar ao público, ao invés de solucionar de fato o problema, tem gerado um forte descontentamento entre os cidadãos. A falta de uma fiscalização rigorosa sobre o repasse dos recursos públicos para os aplicativos, por exemplo, levanta sérias dúvidas sobre a eficácia dessa medida e sobre o real impacto para a população de São Luís.
O prefeito, ao invés de apresentar soluções pragmáticas, parece perdido diante da situação, e quem acaba pagando a conta é, mais uma vez, o povo de São Luís. A falta de uma postura firme e realista de Braide tem feito com que a população perca a confiança em sua gestão, que já não é mais vista com bons olhos pelos cidadãos.