Juiz evangélico Marcelo Bretas é internado com coronavírus
Marcelo Bretas, evangélico e juiz federal responsável pelo braço da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, está internado por ter sido infectado com o novo coronavírus. Ele vinha sendo tratado em casa, mas terminou precisando da internação.
Na última segunda-feira, 04 de maio, ele foi hospitalizado na Casa de Saúde São José, no bairro Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. “Estou bem. Estava tratando em casa, mas foi preciso internar. Os quartos aqui são adaptados, semi-UTI, caso haja necessidade”, relatou Bretas.
A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época, que obteve a confirmação do próprio juiz. O hospital também se pronunciou dizendo que a internação se deveu apenas para a realização de exames, já que o quadro de saúde de Bretas é estável.
“A Casa de Saúde São José confirma que o juiz Marcelo Bretas está em atendimento na unidade desde ontem (segunda-feira) para a realização de exames, com quadro de saúde estável. Não há autorização da família para mais detalhes sobre o quadro clínico”, resume o comunicado emitido pelo hospital na tarde da última terça-feira, 05 de maio.
De acordo com o jornal Extra, o juiz Bretas, que costuma publicar reflexões bíblicas em suas redes sociais, usou o Stories do Instagram para compartilhar a frase “não tenhas medo, nem te apavores” – presente no versículo Deuteronômio 31:8 – na rede social.
Recentemente, Bretas esteve no centro de um ataque político da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pediu que ele fosse investigado por, sendo evangélico, comparecer a um culto no Rio de Janeiro que contava também com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O presidente da OAB, Felipe de Santa Cruz, é um ex-candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores, e adota postura ativista em suas declarações.
Por outro lado, Marcelo Bretas já foi recebido por Bolsonaro no Planalto e é visto como um dos possíveis indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente, quando o decano da Corte, Celso de Mello, for aposentado compulsoriamente aos 75 anos.
