
Em meio a troca de comando na delegacia geral de Polícia Civil do Maranhão, o ‘caso Pacovan’ é considerado elucidado, aguardando apenas os últimos detalhes para apresentar o mentor e executores do crime de pistolagem de grande repercussão no estado. A rápida resposta ao caso se dá pela eficiência, perspicaz nos trabalhos do então delegado-geral Jair Paiva, que foi exonerado do cargo e a equipe da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), garantido elogios dos maranhenses pela rápida resolução de um caso tão complexo e também ao governo Carlos Brandão, que ganha um saldo mais com a população no quesito segurança pública.

O ‘caso Pacovan’ era tratado como muito difícil, pois a vítima, o empresário e agiota Josival Cavalcanti da Silva (Pacovan) tinha muitos desafetos. Ele foi assassinado no dia 14 de junho nas dependências de um depósito de produtos do Posto Joyce, no município de Zé Doca, interior do Maranhão. A ação criminosa foi praticada por três homens que estavam em um veículo Fiat Siena, cor preta, que depois da execução do empresário foi queimado em uma estrada vicinal.
Pelos indícios e provas até o momento coletadas na investigação, trata-se de indivíduos profissionais em crimes de pistolagem e que se tornava difícil a elucidação diante dos tantos inimigos que a vítima possuía.
Pelo que já foi levantado, os atiradores saíram de Bacabal por volta das 07h00, no veículo que aparece no dia do crime, em sentido ao município de Santa Inês, onde um outro carro de apoio foi identificado.
Os criminosos ficaram por lá cerca de três horas, esperando o agiota Pacovan passar. Ele estava vindo da capital maranhense São Luís para se encontrar com uma ex-funcionária e que seria uma ‘laranja’ (testa de ferro). O encontro seria para a entrega de cerca de R$ 300 mil reais que faz parte de um acerto entre os dois.

Já foi certificado que Pacovan recebeu pelo menos 30 ligações da ex-funcionária. Ele chega a perguntar para mulher como estava a galinha que ela estaria preparando para ele.
A polícia descobriu que o Siena foi visto com um outro veículo, que deu apoio a toda a ação criminosa, principalmente após a execução do empresário. Por outro lado, já foi encontrada a segunda pessoa que comprou o Siena de uma mulher, já identificada, que aparece nos registros como dona do veículo. Essa segunda pessoa foi ouvida e se atrapalhou toda no depoimento prestado à polícia, chegando a afirmar que vendeu o Siena para uma terceira pessoa. A polícia está checando se a informação procede. Algumas providências já foram tomadas e a qualquer momento o Maranhão pode ter notícias sobre a confirmação da elucidação do rumoroso crime, que muitos achavam que nunca seria desvendado”.