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Polícia

Em 2019, 47 casos de feminicídios já foram registrados no Maranhão

Conforme dados divulgados pelo Departamento de Feminicídios, vinculado à
Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), já foram registrados 47
feminicídios em 2019 no Maranhão. De acordo com a fonte da Polícia Civil, dentre
estas situações, nove aconteceram na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar,
Paço do Lumiar e Raposa). O que impressiona é que os números superaram os de
todo o ano passado, que fechou com 45 casos.

Durante a abertura da “III Semana Estadual de Combate ao Feminicídio”, a delegada
Viviane Fontenelle, titular do Departamento de Feminicídios, revelou as informações.
De acordo com ela, dos 47 casos ocorridos no Maranhão em 2019, 32 agressores
foram presos no interior, mas 6 autores permanecem foragidos. Já na Grande Ilha, das
9 situações registradas, 7 suspeitos foram capturados e 2 cometeram suicídios logo
após matarem as mulheres.

Viviane frisou que é importante denunciar o agressor logo no primeiro ato que
indique uma alteração de comportamento. “Tem que ficar de olho nos sinais que
simbolizam a violência, que não é apenas física. Ela ocorre em várias instâncias,
como a patrimonial, moral, sexual e psicológica. A mulher não pode esperar a
violência física acontecer, pois os demais tipos podem desencadear em algo mais
grave”, disse Fontenelle.

Fontenelle esclareceu que a vítima das agressões deve procurar ajuda o mais rápido
possível, para que a mulher possa sair com segurança da situação abusiva. “É
importante que nos procure, na Casa da Mulher Brasileira, onde há uma rede de
proteção às mulheres”, disse a titular do Departamento de Feminicídios.

Casos

Em 2019, os feminicídios aconteceram em várias partes do Maranhão. Um dos casos
ocorreu em Itapecuru-Mirim, onde Taynara Cristina, de 23 anos, foi morta pelo
companheiro, Francisco Linhares. De acordo com a Polícia Militar, o casal estava em
um bar, quando iniciou uma discussão motivada por ciúmes. Após o crime, o autor
fugiu do local. Ele foi preso poucos dias depois, na zona rural de Cantanhede/MA.

Taynara Cristina e Francisco Linhares estavam juntos por cerca de três anos. Segundo
familiares da vítima, ambos sempre brigavam por conta dos ciúmes do companheiro.
Outro caso aconteceu na cidade de Estreito, na zona rural do município. Lá, Dayara
Maia Ferreira, 25, foi espancada com um pedaço de pau na cabeça, e depois levou um
tiro que atravessou o crânio. O autor foi o próprio marido, Vilson Marinho, que
praticou o crime na frente do filho de 7 anos do casal.

Em São Luís, no mês de outubro, houve a morte de Dayane Christina Oliveira Nunes,
33, em um condomínio localizado na Avenida dos Franceses, no bairro Outeiro da
Cruz. Ela foi morta por Evaldo Lima Sampaio, então namorado da vítima, que, após
anunciar que iria se apresentar na SHPP, cometeu suicídio ao atirar na própria cabeça.
Evaldo não resistiu no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1).

Em Trizidela do Vale, na região do Médio Mearim, Jaqueline Rodrigues da Silva foi
morta a golpes de faca pelo ex-namorado, Ivan da Silva Sousa, o “Vandinho de
Mossoró”. Ela foi surpreendida pelo autor quando estava em um bar, acompanhada de
amigos, para comprar cigarros. A vítima recebeu as facadas no abdômen e nas costas,
e ainda foi levada com vida ao hospital, mas não resistiu na unidade de saúde de
Peritoró.

O ex-marido da vítima tentou fugir, mas foi cercado por uma multidão, que o agrediu
com diversas pauladas, socos e pontapés.

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